Serviço Meteorológico Marinho previu formação da Tempestade Subtropical “Kurumí”

31/01/2020
 
Carta Sinótica indica a Tempestade Subtropical “Kurumí”
 
O Serviço Meteorológico Marinho brasileiro (SMM) previu, com mais de 48 horas de antecedência e monitorou nos dias 23 e 25 de janeiro, a formação de um ciclone subtropical, na área marítima de responsabilidade do Brasil, chamada de METAREA V. O fenômeno foi um centro de baixa pressão atmosférica que se formou a 200 km (108 milhas náuticas) a Leste de Macaé e provocou ventos fortes que atingiram 74 km/h em alto-mar, alturas de ondas de 5,40 metros e chuvas intensas sobre o mar na costa brasileira, desde Cabo de Santa Marta-SC a Ilhéus-BA.
 
As ações tomadas pelo SMM, operado pelo Centro de Hidrografia da Marinha, visaram ao cumprimento do compromisso internacional decorrente da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, sob a responsabilidade da Diretoria de Hidrografia e Navegação. Na manhã do dia 21 de janeiro, foi emitido o primeiro Aviso de Mau Tempo Especial prevendo a possível formação do ciclone, que efetivamente se formou no dia 23. Nessa ocasião, foi emitido outro Aviso de Mau Tempo Especial que o classificou como Tempestade Subtropical “Kurumí”, expressão em Tupi-Guarani que significa “menino”, com centro a 700 km (377 milhas náuticas) a Sudeste de Arraial do Cabo-RJ e deslocamento para Sul. Os efeitos sobre o mar continuaram até o dia 25, quando o ciclone perdeu força e desvaneceu na tarde do dia 26, a cerca de 1.000 km a Sudeste de Arraial do Cabo, aproximadamente no paralelo de Porto Alegre-RS.
 
A previsão e o monitoramento da Tempestade Subtropical “Kurumí” evidenciaram a intensa colaboração entre os órgãos federais de meteorologia: Instituto Nacional de Meteorologia, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e o Centro Integrado de Meteorologia Aeronáutica da Força Aérea Brasileira, além de interações com o National Hurricane Center e o Weather Prediction Center dos Estados Unidos. Todos os avisos de mau tempo e previsões meteorológicas foram informadas prontamente aos meios da Marinha do Brasil e embarcações operando nas proximidades do fenômeno, por meio de transmissões por satélite e rádio e publicadas nos endereços eletrônicos do Centro de Hidrografia da Marinha. Houve intensa divulgação nos veículos de mídia digital e impressa, de rádio e de televisão, por meio de notas à imprensa e entrevistas, sempre com o objetivo de alcançar o maior número possível de usuários da Comunidade Marítima e contribuir para a Segurança da Navegação.
 
Produto numérico indica a previsão do vento máximo à superfície