Combate ao Lixo no Mar

HISTÓRICO

Em 2017, a Organização das Nações Unidas estabeleceu o período de 2021 a 2030 como a década para o desenvolvimento sustentável da Ciência nos Oceanos, com o intuito de incrementar a cooperação em pesquisas e programas científicos para o melhor gerenciamento dos mares e zonas costeiras, reduzindo os riscos das atividades marítimas.

O Brasil, signatário da Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Causada por Navios (MARPOL), assumiu o compromisso para atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e metas previstas na Agenda 2030, relativos à preservação da vida abaixo d'água (ODS 14).

 

ENTENDA O PROBLEMA DO LIXO MARINHO

Estima-se que 80% do lixo marinho tenha origem em terra, chegando aos oceanos por meio dos cursos d'água, o que indica uma necessidade de melhores gestões dos recursos hídricos e dos resíduos sólidos.

As hidrovias existentes nas principais bacias hidrográficas contribuem para a integração e o desenvolvimento socioeconômico do País, comunicando regiões e polos produtores, entre si, e com os grandes centros distribuidores e exportadores, por via marítima.

O lixo marinho é composto por materiais sólidos fabricados ou transformados (plásticos, filtros de cigarros, vidro, metal e madeira) que são jogados no ambiente marinho, constituindo grave ameaça à saúde dos nossos mares, rios e lagos, mas também à nossa economia e à sociedade. Nesse cenário, os plásticos são o principal detrito encontrado no ambiente marinho. Ao contrário dos materiais orgânicos, os plásticos concentram-se nos oceanos e podem levar 500 anos para se decomporem. Afetam diretamente a fauna marinha, pois são confundidos com alimentos e ingeridos pelos animais, causando sua morte e contaminando cadeias alimentares, com sérios impactos na saúde dos seres humanos.

 

IMPACTOS DO ACÚMULO DE LIXO NO MAR

Meio Ambiente: aumento de pressões sobre os ecossistemas marinhos e sobre a biodiversidade.

Finanças Públicas: aumento de gastos das autoridades locais e perda de potencial de receita com atividades de turismo, lazer e recreação.

Economia: aumento de pressões econômicas nos setores de transporte e navegação, afetando a segurança do tráfego aquaviário, pelo aumento de incrustações, obstrução de equipamentos, perda de eficiência e necessidade crescente de reparos, além da elevação de custos para a pesca e o turismo.

Social: aumento de riscos à saúde humana, devido à liberação de substâncias químicas que acabam se acumulando progressivamente nas cadeias alimentares, contaminando mexilhões, ostras e outros animais, que são consumidos pelo homem.

 

MARINHA DO BRASIL E O WORLD CLEANUP DAY

O Dia Mundial da Limpeza é um dos maiores movimentos cívicos atuais, unindo mais de 100 países em todo o mundo por um planeta mais limpo.

A Marinha do Brasil, grande protetora da Amazônia Azul, também participou do Dia Mundial da Limpeza, empregando seus navios, embarcações e pessoal, com o objetivo de contribuir para a preservação dos mares, rios e lagos, bem como para a conscientização da sociedade quanto aos impactos do lixo marinho no meio ambiente.

A participação da Marinha do Brasil, nesse importante evento, reforça a preocupação da instituição com a proteção de nossas riquezas e com o desenvolvimento sustentável do Brasil.
 

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Notícias

No dia 20, a Força Naval esteve presente no Seminário “Combate ao Lixo no Mar”, realizado no Rio de Janeiro-RJ, que reuniu representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Ministério Público Federal, da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro (RJ), além de professores universitários e agentes de governos estaduais.
 
No evento, foi apresentado o Plano Nacional de Combate ao Lixo do Mar, elaborado pelo MMA, além de apresentações e painéis que versaram sobre fontes e gestão de resíduos sólidos poluentes e urbanização da zona costeira e o impacto no acúmulo de lixo nos oceanos. De acordo com Diretor-Geral de Navegação da Marinha, Almirante de Esquadra Marcelo Francisco Campos, o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar está dividido em 30 ações, que visam melhorar a gestão de resíduos sólidos nos municípios, incentivar a implementação da coleta seletiva e combater o lixo no mar.
 
O Superintendente de Meio Ambiente da Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil, Contra-Almirante Rodolfo Saboia, destacou que ocasiões como essas proporcionam uma chance para que diversos setores possam se envolver com a questão ambiental e ajudar a traçar estratégias mais eficazes para o combate do descarte do lixo em terra e nos mares. "O Dia Mundial da Limpeza é uma oportunidade importante para mobilizar a todos, governantes e sociedade civil, na limpeza dos mares. É um dia para chamar a atenção para o problema que tem sido o crescimento do lixo em escala mundial. Mais de 80% do lixo que surge no mar têm origem em terra. Então, é importante ressaltar que a fonte dessa poluição nos mares não é exclusivamente de navios e plataformas, mas também, em enorme quantidade vinda de terra”, disse.
 
No sábado (21), a Marinha do Brasil uniu-se a milhares de voluntários espalhados pelo País para uma maratona de limpeza em celebração à data.
 
Evento reuniu representantes da Marinha, Ministério Público Federal e Ministério do Meio Ambiente, além de professores universitários e agentes de governos estaduais