Brasil sedia a 35ª Reunião de Programas Antárticos Latino-Americanos - RAPAL

PROANTAR

A abertura da reunião foi realizada pelo Almirante de Esquadra Silva Lima, Chefe do Estado-Maior da Armada, na foto ao centro

Mudanças no continente gelado e seus impactos sobre o clima e a biodiversidade foram analisadas por gestores e pesquisadores

A 35ª Reunião de Administradores do Programa Antártico Latino-Americano (RAPAL) ocorreu em Brasília (DF), no período de 2 a 5 de setembro, com representantes de oito países, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela, dos quais seis possuem bases científicas no continente branco. O Brasil lidera o grupo de trabalho responsável por propor estudos conjuntos sobre as mudanças na região antártica e suas consequências sobre o clima e a biodiversidade mundiais, contribuindo para o planejamento do 5º Ano Polar Internacional, marcado para 2032.

“Nossa intenção, hoje, é fazer uma proposta para que se planeje e que se vislumbrem possibilidades de cooperação, tanto na parte logística operacional, que fica a cargo da Marinha, como na parte de cooperação em pesquisa e ciência, que fica a cargo do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação”, afirma o Presidente da RAPAL e Secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), Contra-Almirante Ricardo Jaques Ferreira, da Marinha do Brasil”.

A agenda também prevê debate sobre projeto de estudo a respeito da contaminação do ambiente marinho costeiro da Ilha Rei George com microplásticos e sobre medidas de prevenção e controle de gripe aviária na região. Segundo o Almirante, a reunião é uma oportunidade de compartilhar informações e experiências entre os programas antárticos de cada país, além de aprimorar o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).

 

Após a reunião será apresentado um relatório com sugestões de ação dos países latino-americanos ao Comitê Científico de Pesquisa Antártica, do qual fazem parte 46 países membros. A instituição é responsável por promover, juntamente com o Comitê Científico Internacional do Ártico, o Ano Polar Internacional, que visa a produzir conhecimento para ação com relevância social e incentivar a divulgação aberta de dados científicos.

O Programa Antártico Brasileiro

Criado em 1982, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) é o projeto científico mais longevo do Brasil e vem garantindo progresso nos estudos sobre fenômenos naturais que ocorrem no continente gelado e que, consequentemente, influenciam o meio ambiente em todo o mundo. Anualmente, ele planeja, coordena e executa a Operação Antártica (OPERANTAR), cuja 43ª edição terá início em outubro próximo.

Os trabalhos são desenvolvidos em campo e a bordo da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), localizada na Ilha Rei George, que conta com uma das estruturas mais seguras e modernas da região, com 17 laboratórios e tecnologia sustentável. O Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel”, o Navio Polar “Almirante Maximiano”, além das estações estrangeiras parceiras do Brasil, também são recursos utilizados na operação.

Encontro reuniu administradores e pesquisadores de Programas Antárticos do Brasil, da Argentina, do Chile, do Uruguai, do Equador, do Peru, da Colômbia e da Venezuela – Imagens: Primeiro-Sargento (FN) Ibraim

 

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Fonte: Agência Marinha de Notícias