O evento contou com a presença do presidente da República, Michel Temer, que, em seu discurso, destacou a importância do PROSUB
Uma cerimônia realizada nesta terça-feira (20), na cidade fluminense de Itaguaí - onde está localizado o complexo naval do PROSUB (Programa de Desenvolvimento de Submarinos) - marcou o início da fase de integração dos quatro submarinos convencionais da Classe Riachuelo previstos no projeto, considerado um dos maiores em termos de desenvolvimento tecnológico em andamento no País.
O evento contou com a presença do presidente da República, Michel Temer, que, em seu discurso, destacou a importância do PROSUB, não só para a proteção da imensa costa marítima brasileira, como também para a geração de emprego e do desenvolvimento tecnologia nacional. “A reconhecida excelência de nossa indústria naval nos dá a certeza do êxito dessa empreitada. Vamos avançando em passos firmes nesse projeto abrangente e audacioso”, disse. “O Prosub é peça-chave, não apenas em nossa política de Defesa, mas em nossa estratégia de desenvolvimento científico e tecnológico”, afirmou o presidente, que pediu à plateia uma salva de palmas em homenagem aos profissionais envolvidos na fabricação e montagem dos submarinos: “construídos pelas mãos de brasileiros e brasileiras que colocam o seu talento a serviço da nação”.
A fase do PROSUB iniciada hoje envolve processos de elevada sofisticação tecnológica e é a última etapa antes do lançamento do submarino ao mar, previsto para o segundo semestre deste ano.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, ressaltou as dimensões brasileiras que, no futuro, contarão com a proteção desses submarinos: 7,4 mil quilômetros de costa, sendo a maior costa do Atlântico Sul. “É preciso lembrar que aproximadamente 90% de toda a nossa reserva de petróleo se encontra no mar brasileiro. Precisamos ter capacidade de defender, fiscalizar, e de dissuasão, e esse é um instrumento essencial para o Brasil, seu progresso e desenvolvimento, e para assegurar paz e soberania”, disse o ministro.
O comandante da Marinha, almirante Eduardo Leal Ferreira, lembrou que o programa conta com intensa participação de universidades e de centros de pesquisa, o que gera, entre outros benefícios, transferência de tecnologia para o país. O almirante destacou ainda que o PROSUB resultou na capacitação de profissionais e na geração de aproximadamente 16 mil empregos diretos e indiretos.
“O Programa tem efeito multiplicador para setores da economia, com a formação de centenas de engenheiros e técnicos, além da colaboração de empresas nacionais, tecnologia de alto valor agregado e de profissionais capacitados que estimulam a Base Industrial de Defesa, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico”, destacou o comandante da Marinha, lembrando que, por se tratar de um Programa de longa duração, o PROSUB precisa da segurança do aporte de recursos para não ter seu cronograma prejudicado.
O PROSUB prevê, além da construção dos quatro submarinos convencionais, o projeto e a construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear e a infraestrutura necessária à construção, operação e manutenção dos dois modelos.