Enviado em: 30/03/2022

A queda de cabelo nunca foi tão discutida como nos últimos dias. A alopecia virou notícia no mundo todo durante a cerimônia do Oscar, famosa premiação de cinema. O ator Will Smith, um dos ganhadores, deu um tapa no apresentador que fez uma piada com sua esposa, envolvendo a alopecia que ela possui.
A CF (Md) Flavia Vaz explica que as alopecias podem ser divididas em cicatriciais (aquelas em que o cabelo cai e não volta a crescer) e não cicatriciais (aquelas em que o cabelo cai, mas pode voltar a crescer). “Existem diversas causas para a queda de cabelos. Com uma avaliação médica adequada, é possível chegar a um diagnóstico correto e iniciar o melhor tratamento para o caso”, afirma.
As alopecias acontecem com a ausência ou a diminuição de cabelos e de pêlos do corpo. Segundo o Ministério da Saúde, o problema pode ser transitório ou definitivo, e aparecer de forma local, regional, total ou universal.
Alguns tipos de alopecias:
- – Androgenética
Também chamada de calvície, ela é, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, uma doença genética que tem como sintoma mais frequente o afinamento dos fios. Nas mulheres, a região central da cabeça é a mais afetada. Nos homens, as áreas que mais ocorrem são a coroa e as entradas. Mesmo o cabelo caindo, é possível ter ganho com o tratamento, com estímulos aos novos folículos.
- – Areata
Aqui a perda de cabelos ou de pêlos ocorre em áreas circulares (arredondadas ou ovais) do couro cabeludo ou em outras partes do corpo (cílios, sobrancelhas e barba, por exemplo). De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, ela não é contagiosa. Sua evolução é, muitas vezes, incerta e a resposta ao tratamento depende de cada caso.
A alopecia areata é considerada uma doença inflamatória de origem autoimune. Causas emocionais funcionam como um gatilho que dispara o início das manifestações. Acompanhamento psicológico, estímulo à prática de esportes, hobbies e meditação podem contribuir para o tratamento.
Tratamento:
A CT (Md) Layla explica que os tratamentos das alopecias, de uma forma geral, dependem do diagnóstico correto e precoce. Quanto mais cedo iniciados, melhores serão as respostas. Pode-se optar por tratamentos tópicos (locais), orais, infiltrativos, lasers e, até mesmo, transplante capilar. Muitas vezes, é possível controlar a doença, mas nem sempre curá-la.
“Nos primeiros sinais, as pessoas devem procurar o médico para fazer o diagnóstico porque a resposta que elas vão ter depende do grau de avanço da doença. Tratando cedo, as respostas são sempre melhores do que deixar para tratar com a doença mais evoluída”, afirma.
Atenção:
As dermatologistas alertam que produtos milagrosos não existem. Procure o médico ao perceber que:
- os cabelos estão caindo depressa e/ou em grande quantidade;
- o couro cabeludo está vermelho, coça ou arde;
- a oleosidade está acima do normal;
- os sinais de caspa aparecem com frequência.
CF (Md) Flavia Vaz
Encarregada da Clínica de Dermatologia da PNNSG
CT (Md) Layla
Chefe da Clínica de Dermatologia do Hospital Naval de Brasília
Veja também: