Enviado em: 04/09/2019
Recentemente, a causa da morte de uma atriz e roteirista brasileira foi motivo de surpresa: crise de asma. Pensando nisso, o Saúde Naval reuniu uma série de perguntas, trazendo orientações importantes para evitar a doença. Fique atento às dicas abaixo.
O que é asma?
Asma é uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns, cujas principais características são: dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã e vários fatores ambientais e genéticos podem gerar ou agravar a doença.
Entre os aspectos ambientais estão a exposição à poeira, infecções virais, alérgenos (substâncias que provocam uma reação exagerada do sistema imunológico) como ácaros, pólen, pelo de animais, fumaça de cigarro, irritantes químicos e poluição ambiental, mudanças climáticas, exercícios físicos vigorosos, estresse emocional e até mesmo alguns tipos de medicamentos. Dentre os fatores genéticos destacam-se o histórico familiar de asma ou rinite e obesidade, tendo em vista que pessoas com sobrepeso têm mais facilidade de desencadear processos inflamatórios.
A asma tem cura?
A asma não tem cura, mas, com o tratamento adequado, os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. Por isso, é fundamental fazer o acompanhamento médico correto e constante. A maioria das pessoas com asma pode levar uma vida absolutamente normal.
A asma pode matar?
Sim, a asma pode matar em casos extremos e raríssimos. Quando a crise está muito intensa e não é feito o tratamento correto, a asma pode levar à morte. Se a pessoa tiver alguma outra complicação clínica (problema de saúde), o corpo pode ficar ainda mais debilitado. No surgimento dos primeiros sintomas, procure um médico imediatamente.
Quais são os sintomas da asma?
A asma tem sintomas bem característicos, mas alguns deles podem ser confundidos com os de outras doenças. Para um diagnóstico adequado e seguro, o ideal é procurar um profissional de saúde assim que sentir qualquer desconforto.
Os principais sintomas são:
- Tosse seca.
- Chiado no peito.
- Dificuldade para respirar.
- Respiração rápida e curta.
- Desconforto torácico.
- Ansiedade.
Quais são as possíveis complicações da asma?
A asma pode desencadear uma série de processos que podem resultar em complicações, algumas graves. As principais complicações são:
- Capacidade reduzida de se exercitar ou fazer outras atividades.
- Insônia.
- Alterações permanentes no funcionamento dos pulmões.
- Tosse persistente.
- Dificuldade para respirar, a tal ponto que precise de ajuda (ventilação).
- Hospitalização e internação por ataques severos de asma.
- Efeitos colaterais de medicações usadas para controlar a asma
- Morte.
Como é feito o diagnóstico da asma?
O diagnóstico da doença é principalmente clínico, obtido após consulta e avaliação pelo médico, mas também é confirmado pelo exame físico e pelos exames de função pulmonar (espirometria). Sempre que possível, o médico solicitará a prova de função pulmonar para confirmar o diagnóstico e classificar a gravidade de cada caso. Em crianças de até os cinco anos, o diagnóstico é somente clínico, tendo em vista a dificuldade de realizar outros exames funcionais e complementares.
Na consulta, o médico vai perguntar, entre outras coisas, se a pessoa tem ou teve episódios recorrentes de falta de ar e chiado no peito; se já usou broncodilatador oral ou inalatório para aliviar os sintomas; se há episódios de tosse persistente, principalmente à noite e no início da manhã; se acorda com frequência à noite por falta de ar ou acessos de tosse; se nota algum dos sintomas após exposição a mofo, poeira, animais, fumaça de cigarro, perfumes ou após resfriados, riso e choro; e se alguém da família tem ou teve asma, alergias ou outros problemas respiratórios. O pulmão de uma pessoa asmática é mais sensível, o que faz com que fatores externos, como a poeira, causem falta de ar, o que normalmente não aconteceria em alguém que não tem a doença.
Classificação da gravidade da asma
A asma tem diferentes graus de gravidade, que podem evoluir ou regredir. O grau mais brando tem sintomas leves e com pausa. Manifesta-se em até dois dias por semana e até duas noites por mês. Ela pode evoluir até a um grau 4, em que ocorrem sintomas graves persistentes ao longo do dia, frequentemente durante a noite e várias vezes por semana.
Como é feito o tratamento da asma?
O objetivo do tratamento da asma é melhorar a qualidade de vida da pessoa, por meio do controle dos sintomas e pela melhora da função pulmonar. A definição do tratamento é feita a partir dos sintomas, do histórico clínico e da avaliação funcional conforme cada caso.
São utilizados medicamentos para alívio rápido dos sintomas e para manutenção do controle da crise. A base do tratamento da asma persistente é o uso continuado de medicamentos com ação anti-inflamatória, também chamados controladores, sendo os corticosteroides inalatórios (bombinha) os principais. Pode-se associar também medicamentos de alívio, com efeito broncodilatador.
Em todos os casos, é preciso reduzir a exposição aos fatores desencadeantes/agravantes da asma. A cada consulta, o paciente deve receber orientações para o autocuidado - identificação precoce dos sintomas, como proceder em caso de crise, controle e monitoramento da asma -, e ser agendado para reconsulta conforme a gravidade apresentada.
Como prevenir a asma?
A asma é uma inflamação dos brônquios sem uma causa aparente, mas é possível controlar as crises e até prevenir que elas aconteçam com algumas medidas simples:
- Mantenha o ambiente limpo.
- Evite acúmulo de sujeira ou poeira.
- Tome sol. A vitamina D está relacionada ao combate de uma série de doenças do aparelho imunológico, como a asma.
- Evite cheiros fortes.
- Tome a vacina da gripe.
- Não fume.
- Se agasalhe, principalmente na época de frio.
- Pratique atividades físicas regularmente.
- Tenha alimentação saudável.
- Beba bastante líquido (água).
- Mantenha o peso ideal.
Cuide da sua saúde. Cuide de você!
Fonte: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/asma
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