Oásis no Centro do Rio
Em frente à Sala de Estado do Comando do 1º Distrito Naval há um jambeiro que resiste bravamente às intempéries. Fadado ao insucesso devido ao seu formato bifurcado, durante uma tempestade, no ano de 1999, os ventos quase abriram a referida árvore frutífera em duas, tendo rachado impiedosamente seu tronco principal. Os marinheiros do Com1DN tomaram a iniciativa, então, de salvar a árvore, amarrando-a.
Hoje sua vida embeleza a frente do Distrito, alegra o serviço da Sala de Estado e promove uma sombra refrescante durante todo o ano e principalmente no verão. Seus frutos, belos jambos vermelhos em formatos de sino, alimentam sanhaços, sabiás laranjeiras e outros pássaros, que surpreendentemente sobrevivem na área do Centro do Rio de Janeiro, transformando-se num verdadeiro oásis para essas espécies. O único inconveniente, perfeitamente contornável, é a atenção que devemos ter para não se formar cerimoniais embaixo do jambeiro, quando este está carregado de frutos, pois nossos uniformes são totalmente incompatíveis com frutos que caem de maduros.
Cais da Bandeira
Muitos tomam o Cais da Bandeira, em frente ao Edifício Almirante Tamandaré, no Complexo do 1º Distrito Naval, como referência para eventos diversos, porém poucos entendem o motivo de se ter esse nome, uma vez que no local não há mastro para bandeira, estando este entre os portões de entrada de pedestres e de automóveis no Complexo, pela Praça Barão de Ladário.
Como se pode ver pela foto acima, antes de se construir o elevado da perimetral, com acesso a ponte Costa e Silva (Rio x Niterói), exatamente em frente ao acesso principal do Ed. Tamandaré, na beira do cais, estava o mastro para hasteamento da Bandeira Nacional. O nome perdura até hoje.
Com a demolição da Perimetral, no fim de 2013 como parte das obras de revitalização da Zona Portuária, foi possível reposicionar o mastro em seu local de origem. A reinauguração ocorreu no dia 3 de junho de 2016 e contou com a presença de membros do Almirantado.
Bonde no Complexo
Sim, já houve tempo em que todo o Complexo do 1º Distrito Naval era totalmente entrecortado por trilhos para bondes e trens (século XIX e início do século XX). Hoje quando se faz algum trabalho que exija escavações, não é raro se deparar com alguns desses trilhos que desencadeam um esforço enorme para retirá-los. Algumas peças encontradas estão expostas no Salão Nobre, no prédio do Comando do 1º Distrito Naval.
Prédio Indestrutível
Durante obras no antigo cinema, no prédio do Comando do 1º Distrito Naval, realizadas no início do ano de 2001, os operários e a administração do Comando se surpreenderam com a dificuldade para se abrir uma nova porta. Foram cerca de dois meses de trabalho ininterrupto, com britadeira, para se conseguir um vão de 2m de largura por 2,5m de altura.
Construído no período de 1750-1754 pelo Abade do Mosteiro de São Bento, Frei D. Antônio de S. Bernardo, com pedras que chegam a meia tonelada e paredes de um metro e sessenta de espessura, foi posteriormente vendido aos Contratadores do Sal e ficou conhecido, durante o século XVIII, como o Armazém do Sal.
Adquirido em 1825 pelo Governo, para ser transformado em oficinas do Arsenal de Marinha, nele foram construídos navios encouraçados e monitores que forçaram e venceram as passagens fortificadas, como Humaitá, na Guerra do Paraguai.
A partir de 1946, com a transferência do Arsenal para a Ilha das Cobras, abrigou diversas organizações subordinadas ao Ministério da Marinha. Até NOV1998, foi a sede da Diretoria de Engenharia Naval da Marinha do Brasil, a partir desta data passou abrigar a sede do Comando do Primeiro Distrito Naval.