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Teste do pezinho: as primeiras gotas a favor da vida

  • Publicado em 02/06/2021 - 17:39
  • Atualizado em 05/07/2021 - 08:33
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Enviado em: 02/06/2021

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Ao longo dos anos, é ele que nos garante equilíbrio, postura e sustentação, nos levando aos mais diversos lugares, mas, nos primeiros dias de nascimento, sua função é outra. É a partir dele que se faz um exame importante, no qual gotinhas de sangue do calcanhar do bebê são retiradas para avaliar a saúde dos pequenos.

Sua importância é tão grande que ganhou uma data só dele. 6 de junho é o Dia Nacional do Teste do Pezinho, um exame de triagem, incluído no Programa Nacional de Rastreio Neonatal, que busca identificar precocemente os distúrbios do metabolismo.

Ele permite detectar doenças raras, que podem não apresentar sintomas nos primeiros dias de vida do bebê e aparecer sem que existam outros casos na família. Dessa forma, é capaz de antecipar o reconhecimento e o tratamento das doenças, bem como minimizar complicações futuras.

O Teste do Pezinho pode apontar, atualmente, cerca de 53 doenças, sendo oferecido pelas Unidades de Saúde e laboratórios particulares. A rede privada é a que detém da maior abordagem diagnóstica até o momento.

O exame oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é obrigatório, colhido nas maternidades e Unidades Básicas de Saúde e contemplava até recentemente a pesquisa de apenas 6 doenças:

  • Hipotireoidismo Congênito;
  • Hiperplasia Adrenal Congênita;
  • Fibrose Cística;
  • Deficiência de Biotinidase;
  • Hemoglobinopatias; e
  • Fenilcetonúria.

AMPLIAÇÃO - Em 26 maio de 2021, foi sancionada a Lei 14.154/21, que amplia o número de doenças diagnosticadas pelo Teste do Pezinho oferecido pelo SUS, passando a englobar 14 grupos de doenças.

O processo de ampliação será feito de forma escalonada, em prazos fixados pelo Ministério da Saúde, e prevê que na primeira etapa será incluída a investigação da Toxoplasmose Congênita.

Na segunda, serão acrescentadas as testagens para galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da uréia e da betaoxidação dos ácidos graxos, para investigação de distúrbios genéticos que geralmente correspondem a um defeito capaz de alterar o metabolismo das células.

E, por último, na terceira etapa, entrarão as doenças lisossômicas, seguidas das imunodeficiências primárias, finalizando com a inclusão da pesquisa da Atrofia Muscular Espinhal na quinta etapa de inserção.

A expectativa é que a lista de doenças rastreadas no teste deverá ser revisada periodicamente, priorizando-se as doenças que mais ocorrem no país.

Essa ampliação do Teste do Pezinho representa um importante ganho para a saúde nacional, que aumentará a investigação de doenças, permitindo assim o tratamento precoce com melhoria da qualidade de vida, bem como a redução da mortalidade infantil.

Devemos sempre lembrar: prevenir é cuidar! Cuide da sua saúde, cuide de você.



1T (Md) Flavia
Pediatra
Policlínica Naval de São Pedro da Aldeia




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