Acessibilidade: descobrindo acessos e derrubando barreiras

Enviado em: 01/12/2020

image

No Brasil, há milhares de pessoas com algum tipo de deficiência que estão sendo discriminadas no meio social em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho. Tamanha importância do tema para a sociedade, o Dia Internacional de Luta das Pessoas com Deficiência tem um dia só seu (3 de dezembro) para alertar e conscientizar sobre o direito de todos, independentemente da condição física, sensorial ou intelectual. Contudo, ainda hoje cabem as reflexões: “De quem é a responsabilidade de incluir?”, “Como estamos construindo a inclusão no nosso dia a dia?”, “Será mesmo que a inclusão é responsabilidade somente dos poderes públicos, escolas e instituições?”, “Será que cada um de nós enquanto cidadãos não temos responsabilidades?”. Bom, a exclusão social de pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto a formação da sociedade.

Promover um ambiente de aprendizagem estável e familiar, que proporcione descobertas e desafios, melhora a qualidade de vida da pessoa com deficiência. É muito importante ter diferentes experiências, além de tempo para assimilar e entender como tudo se relaciona. As crianças com deficiência também aprendem e percebem o mundo de várias maneiras e é uma missão dos familiares, profissionais e educadores saber em quais meios sensoriais eles estão buscando informação e oferecer experiências ricas, significativas e funcionais.

Não podemos esquecer que pessoas com deficiência podem ter uma qualidade de vida igual ou até melhor as demais, dependendo das oportunidades que são oferecidas a elas. O tratamento em instituições especializadas na área da deficiência, suporte psicossocial, é um reforço imprescindível, já que os cuidadores e responsáveis nem sempre têm condições emocionais e sociais para o enfrentamento, seja do tratamento ou do processo de reabilitação. Com a participação ativa dos familiares, a reabilitação da pessoa com deficiência é efetiva e os resultados esperados em relação à autonomia podem ser alcançados.

Sendo assim, a Marinha trabalha de forma conjunta com profissionais de saúde e de assistência social para oferecer ao nosso pessoal o suporte necessário para as famílias que possuem crianças com algum tipo de deficiência. Para isso, a Assistência Social da Marinha planeja e executa, por meio dos seus Órgãos de Execução do Serviço de Assistência Social ao Pessoal da Marinha (OES), o Programa de Atendimento Especial – Pessoa com Deficiência.

Neste Programa, não apenas os usuários, mas os familiares e cuidadores, que precisam ter uma referência para conseguir enxergar as possibilidades e evitar a superproteção, são devidamente acolhidos e acompanhados por profissionais da Assistência Social. Fazer parte de grupos de apoio e conviver com outras pessoas com deficiência em eventos e atividades socioeducativas viabiliza novas experiências e fortalece mutuamente a cada um.

Contribuir para o bem-estar, promoção da autonomia dos usuários e apoio aos familiares neste processo de superação de obstáculos é contribuir para que o conceito de Saúde Total seja vivenciado por todos.


Hyngrid Barbosa Olivera Lopes da Silva
Primeiro-Tenente(RM2-S)
Psicóloga
Diretoria de Assistência Social da Marinha





Veja também:

Compartilhe