Enviado em: 11/05/2021
A fibromialgia é uma doença caracterizada por uma dor muscular que se espalha pelo corpo todo por um período maior que três meses, associada à sensibilidade excessiva, sensação de cansaço, sono não reparador, depressão, ansiedade, além de alterações de memória e dos hábitos intestinais.
Ela acontece mais em mulheres, embora não se saiba a razão disso, e não parece ter relação com hormônios, pois tende a ocorrer em qualquer faixa etária, principalmente entre os 30 e 50 anos.
As pessoas que apresentam essa doença se queixam de grande sensibilidade para dor (principalmente ao toque) porque o cérebro parece ser mais sensível aos estímulos dolorosos. É um problema relativamente comum que deve ser conduzido por médicos com formação clínica em serviços que atendam pacientes de baixa complexidade (níveis primário e secundário).
Os usuários do FUSMA devem procurar atendimento nos Serviços de Medicina Integral, localizados nos ambulatórios e nas policlínicas. Seu diagnóstico pode ser confirmado após avaliação clínica e entrevista com o paciente.
São identificados pontos dolorosos pré-estabelecidos na musculatura e deve ser sempre investigada a possibilidade de outras doenças que levem a um quadro de dor crônica antes de se confirmar este diagnóstico (com a realização de exames complementares de laboratório, principalmente no sangue, e de imagem). Trata-se, portanto, de uma doença diagnosticada por exclusão.
Aqueles que têm fibromialgia também apresentam baixa tolerância ao exercício físico devido às dores que surgem, o que representa um grande problema, já que a atividade física é um dos pilares para o tratamento da doença.
A fibromialgia pode aparecer após eventos pontuais na vida de um paciente como um trauma físico ou psicológico, cirurgia ou infecções graves. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada, que se espalha por todo o corpo com o passar do tempo.
Não existe inflamação nas articulações e nem manifestação nos nervos periféricos. Seu tratamento é feito com medicamentos analgésicos comuns e também podem ser usados medicamentos derivados da morfina para controle de dores mais intensas.
Também fazem parte do tratamento medicamentos usados para o controle de dor crônica como, por exemplo, antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes e, até mesmo, agentes neurolépticos. É importante não usar anti-inflamatórios e nem corticoides para o controle dos sintomas porque esta doença não gera inflamação.
Reumatologista
Hospital Naval Marcílio Dias
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