Imunização e vacinas



Você perguntou e a CT (Md) Daniella Barbosa, infectologista do HNMD, respondeu:

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“Teremos que tomar a vacina da Covid-19 anualmente como a da Gripe?”

Até o momento, não podemos afirmar qual será o esquema de vacinação, pois ainda estão ocorrendo mutações do vírus.

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“Existem estudos comprovando que a vacina contra a Covid-19 não traz nenhum malefício para o paciente?”

Até o momento, todos os estudos mostram que o risco de morte pela doença é 56 vezes maior que o risco de ocorrência de um evento adverso relacionado à vacinação. Ou seja, estudos indicam que é muito mais arriscado não se vacinar.

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“A vacinação contra a Covid-19 em crianças traz mais benefícios que malefícios (efeitos colaterais)?”

As vacinas são a melhor forma de evitar mortes e sequelas graves decorrentes das doenças imunopreveníveis.

Caso não haja vacinação e ocorra a contaminação, as crianças podem ter a situação agravada e, ainda, evoluções desfavoráveis.

4.
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“Quais são os possíveis efeitos colaterais provenientes da vacina contra Covid-19?”

Os sintomas mais comuns são febre baixa, dores musculares, dor na região aplicada, fadiga, arrepios, febre, dor de cabeça, indisposição e náuseas, desaparecendo em torno de 4 a 5 dias.

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“Minha filha tem 6 anos de idade e não tomou a vacina contra Covid-19, ela corre muito risco ou poderá ter uma resposta forte à doença mesmo sem a vacinação?”

As crianças não vacinadas são o grupo mais vulnerável à Covid-19 pela disseminação de sublinhagens da variante ômicron.

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“Muitas questões foram levantadas sobre a segurança e a eficácia da vacina contra Covid-19, pois ela foi produzida de forma muito rápida, como jamais vista. Tomei apenas duas doses da vacina contra a Covid-19, isso é o suficiente para proteção contra a forma grave da doença?”

O ideal é sempre manter o esquema vacinal completo. Com o passar do tempo, pode ocorrer a redução da imunidade contra o vírus, por isso, para manter a eficácia imunológica em torno de 90%, devemos seguir as orientações do Ministério da Saúde e tomar a dose de reforço.

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“Quem garante que nessa nova fase de vacinação, os rótulos das vacinas contra Covid-19 não foram alterados e colocados no lugar dos rótulos de vacinas contra gripe. Como comprovar isso? E como saber se o que estamos tomando é realmente para imunizar contra a gripe?”

As salas de vacina seguem o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação, que dispõe de requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação humana.

Se houver qualquer suspeita de alteração em lote, embalagem e conservação, o sistema de vigilância será notificado e as vacinas recolhidas para avaliação.

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“Referente às vacinas contra a Covid-19, existem informações sobre efeitos colaterais perigosos em algumas marcas como a Astrazeneca, dizendo intensificar a formação de coágulos em certo período após a aplicação. Realmente existem esses efeitos colaterais mais perigosos? Seriam de marcas específicas? Outras vacinas possuem também algum efeito colateral que possam causar uma doença que gere sequelas como um AVC? A celeridade e a pressa com que foram feitas as pesquisas e os testes da vacina influenciaram no resultado inicial? Elas ainda vêm sendo aperfeiçoadas?”

AstraZeneca/Oxford e Janssen são vacinas seguras, apesar de raros efeitos colaterais. As ocorrências dos efeitos trombóticos é, em média, um a cada 100 mil doses aplicadas. Um risco significativamente inferior ao de complicações causadas pela infecção da Covid-19.

Todas as vacinas vão sendo substituídas por outros imunizantes ao longo dos anos, devido à necessidade de atualização dos tipos de cepas circulantes.

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“Embora o tema “Vacinação” seja assunto há algum tempo no Brasil, durante a pandemia da Covid-19, surgiram diversas dúvidas, basicamente motivadas pelo pouco tempo em que as vacinas foram desenvolvidas, com alegações de insuficiência de testes que garantissem tanto a “eficácia” quanto a “não previsão de efeitos adversos”. Nesse sentido, apresento duas questões:

a) Há diversos relatos de que as vacinas do tipo RNA mensageiro (mRNA), por exemplo as da Pfizer, apresentaram elevado índice de efeitos adversos, incluindo quadros de trombose e morte, tendo sido proibidas em diversos países.”
A vacina da Pfizer, uma das mais usadas no mundo, está sendo aplicada em 68 países. Recentemente, foram desmentidas as informações de suspensão dessa vacina.

b) “A Vacina Bivalente, atualmente em aplicação nos idosos (acima de 60 anos), é equivalente ao reforço da vacinação já aplicada em 2022 e, também, para imunizar contra a variante Ômicron da Covid-19. Há, entretanto, diversos relatos de que, em verdade, ela cobria cepas que praticamente não existem mais ou são de muito baixa periculosidade, levando ao entendimento de que seria ineficiente e até perigosa, pois é do tipo RNA mensageiro (mRNA).”
A vacina bivalente tem a função de buscar uma resposta imunológica às cepas em circulação, tendo como referência a cepa ancestral e as subvariante BA.4 e BA.5. Ela não confere, a princípio, proteção às que estão por vir.

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“Os protocolos para quem está com Covid-19 são os mesmos do início da pandemia (14 dias de quarentena)?”

As recomendações atuais podem variar de 5 a 10 dias de isolamento, dependendo dos sintomas.

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“Para qual Unidade de Saúde da Marinha devo me dirigir para ser vacinada?”

Todas as vacinas do calendário vacinal estão disponíveis na rede pública. A Marinha não possui um centro especializado de vacina.

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“Sou adulto e não me lembro se já tomei uma certa vacina. O que fazer?”

Caso não se lembre ou não tenha comprovação vacinal, o ideal é ir a um posto de saúde e avaliar a necessidade de um novo esquema de vacina.

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“Já existe vacina contra Dengue, Zika e Chikungunya?”

A única vacina disponível para essas doenças é a da Dengue, recentemente aprovada pela Anvisa.

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“Há algumas décadas, recebíamos a orientação de buscar a 2ª dose da vacina contra a febre amarela uns 10 anos após a 1ª, já que apenas uma não seria suficiente para conferir imunidade. Atualmente, basta uma dose.

Então, quem tomou a vacina contra febre amarela há muito tempo deve tomar novamente ou não? 

Por que não é mais necessário tomar duas doses? Alguma nova descoberta científica ou a fórmula da vacina atual mudou?

Fui vacinada em 2015 e orientada a tomar outra dose em 2025. E agora?”

A orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é tomar apenas uma dose da vacina de febre amarela durante toda a vida. O Ministério da Saúde adotou essa estratégia a partir de 2017, reunindo todos os estudos sobre imunidade persistente.

Só está indicada dose de reforço aos 4 anos de idade para crianças vacinadas antes dos 9 meses, por possuírem ainda imunidade em formação.

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