90 Anos de Dedicação e Serviços à Marinha
O embrião do Hospital Naval Marcílio Dias remonta à Casa Marcílio Dias, instituição filantrópica criada em 1926 por esposas de Oficiais da Marinha e que era destinada a prestar assistência social e educacional aos filhos de Praças da Marinha;
Em 1934, a Associação Mantenedora da “Casa Marcílio Dias” doou à Marinha, a casa e o terreno que a circundava. Neste mesmo ano, no dia 8 de fevereiro, pelo Decreto nº 23.854, foi criado o Instituto Naval de Biologia (INB) com a designação do CC(Md) Heraldo Maciel para dirigi-lo;
Em 1935, no dia 03 de maio, foram oficialmente inauguradas as instalações do INB;
No terreno doado existia, como anexo, uma construção onde funcionava um hospital para tratamento do pessoal da Armada acometido de moléstias infecciosas e parasitárias. Mais tarde, a partir da década de 1940, o local alojou a área administrativa da Instituição e a partir dos primeiros anos da década de 1980, esta construção passou a abrigar a Escola de Saúde;
Em 1940, no dia 01 de junho, foi inaugurado um novo pavilhão, com 120 leitos, que recebeu o nome de Pavilhão Carlos Frederico, homenageando o último chefe do Corpo de Saúde da Armada Imperial. Essa ampliação foi anteriormente decidida em decorrência do aumento da clientela naval tendo sido necessário que a Marinha adquirisse um terreno contíguo ao Instituto. A destinação do novo Pavilhão foi para o atendimento dos pacientes acometidos de tuberculose, em estágio avançado, sem possibilidade, naquele tempo, de remoção para o Sanatório Naval de Nova Friburgo, instituição responsável, à época, por estes doentes;
Em 1946, no dia 17 de dezembro, foi inaugurado, em homenagem ao primeiro Diretor do INB, o Pavilhão Heraldo Maciel, com 42 leitos para pacientes que necessitavam permanecer em isolamento. As instalações anteriormente utilizadas para isolamento foram destinadas para instalar o “Cassino dos Oficiais” e onde, nos dias atuais, estão disponíveis equipamentos da “Academia do Hospital” que tem a finalidade de auxiliar na manutenção da higidez dos militares e servidores civis lotados na OM;
Em 1949, no dia 16 de agosto, o INB passou a se chamar Hospital Naval de Doenças Infecto-Contagiosas conforme Decreto nº 27.050; Em 1951, no dia 23 de abril, pela primeira vez, o conjunto de edificações então existente recebeu o nome de Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), conforme Decreto nº 29.486;
Em 1972, na data de 27 de abril, foi inaugurado o Pavilhão Meireles, com 188 leitos, homenageando ao Patrono do Corpo de Saúde da Marinha (CSM) e entregues as melhorias no Pavilhão Carlos Frederico, passando o Complexo a exercer as atividades de um hospital geral em continuidade àquele especializado, até então, em doenças cardiorrespiratórias. Também em 1972, no dia 18 de setembro, o HNMD foi extinto e criado pelo Decreto nº 71.121, o Centro Médico Naval Marcílio Dias (CMNMD), englobando à função de prestação de assistência médica na área do 1º Distrito Naval (1ºDN), as atribuições de coordenar e controlar a assistência médica na área do mesmo Distrito e a responsabilização pelas funções de ensino e pesquisa; Ainda em 1972, com o advento do Fundo de Saúde da Marinha (FUSMA), somado aos anseios da clientela sempre crescente, verificou-se a imperiosa necessidade de construção de um hospital de base tendo a proposta sido aprovada e apoiada pela Alta Administração Naval;
Em 1975, no dia 16 de julho, foi lançada a pedra fundamental do novo hospital e na data de 10 de dezembro do mesmo ano, pela Portaria nº 0008 do DGPM, é criada a Comissão Geral de Supervisão, Acompanhamento e Planejamento da organização do novo hospital do CMNMD - CGSASPO;
Em 06 de fevereiro de 1979, em cumprimento ao contido no Decreto nº 83.144, o CMNMD passa a ficar subordinado à DSM e o novo Hospital Naval Marcílio Dias ao referido Centro, ambos dirigidos por Oficiais Generais do CSM. Para atender à implantação do HNMD, que seria efetivada de modo progressivo e contínuo, foi criado o Núcleo do Hospital Naval Marcílio Dias, que até a implantação definitiva, funcionaria como uma Organização Militar autônoma.
Em 08 de fevereiro de 1980, foi inaugurado o novo hospital com a entrega dos blocos “A” e “B” e reativado o nome Hospital Naval Marcílio Dias. Posteriormente os novos blocos receberam, para homenagem, os nomes, respectivamente, do CA (Md-Refº) Adalberto Corrêa Café e CMG (RM1-Md) Erasmo Lima. Durante o ano de 1981 foram ultimadas as transferências de todas as clínicas, à exceção da Clínica Psiquiátrica, instalada na Unidade Integrada de Saúde Mental (UISM);
Em 1988, pelo Decreto nº 95.869, ocorre a extinção do CMNRJ, tendo todo o acervo sido incorporado ao HNMD bem como a responsabilidade da formação técnica e aperfeiçoamento dos militares da área de saúde e ainda a pesquisa médica, atribuições que executadas por meio de uma Escola de Saúde e de um Instituto de Pesquisas Biomédicas (IPB); Em 2003, com a constatação que a manutenção predial rotineira e os reparos eventuais já não atendiam às necessidades de recuperação das instalações e de setores de infraestrutura básicos para o funcionamento do hospital que durante anos foram submetidas a desgaste acentuado em virtude do uso permanente, ininterrupto e, da mesma forma, a imposição de atualização das instalações hidráulicas, de ar condicionado, de vapor, dos elevadores e escadas rolantes, do sistema elétrico, da cozinha, de instalações e recursos de segurança, da ampliação de ambulatórios e de criação de outros setores para atendimento de dispositivos legais levou a um envolvimento único do Setor de Pessoal com a geração de um documento que foi denominado “Projeto de Revitalização”. Tal Projeto foi aprovado pela Alta Administração Naval e as obras foram planejadas para serem realizadas no quadriênio 2004-2007;
Já em 2005, com andamento das obras, constatou-se que o planejamento inicial era insuficiente para contemplar a todos os setores envolvidos na profundidade de reformas necessárias. Dessa forma, foi autorizada uma reformulação do “Projeto de Revitalização” para ser executado no quinquênio 2008-2012.
Também em 2005, em janeiro, foi proposto o reaparelhamento do Hospital por se tratar de instituição referenciada na assistência médico-hospitalar e que tinha seus equipamentos de imagem, mais caros e sofisticados para diagnóstico e tratamento, em uso há cerca de doze anos, portanto, obsoletos para a qualidade dos serviços prestados. Embora a elaboração do Projeto estimasse um espaço temporal de 5 anos para atendimento global, por decisão estratégica da DSM, após deliberação do Conselho Financeiro e Administrativo da Marinha (COFAMAR), foram efetuadas as aquisições assim como a adequação dos espaços necessários para o funcionamento dos equipamentos, podendo o HNMD retomar a situação de excelência na qualidade de seus serviços;
Em 2009, no dia 9 de novembro, foi realizada a cerimônia militar que marcou a inauguração das novas instalações do IPB. Essas obras foram incluídas no “Projeto de Revitalização” do Hospital para atendimento das exigências da Vigilância Sanitária e para que fosse possível a concretização do objetivo maior: estar na vanguarda dos estudos e capacitação de pessoal para as pesquisas, na área da saúde, que tragam benefícios para toda a MB e à Sociedade, mantendo a intelectualidade do HNMD;
Em 18 de dezembro de 2010, foi concluída uma das etapas da Revitalização do Hospital, com a reinauguração dos Pavilhões Carlos Frederico (PCF) e Meireles (PM);
Em 30 de janeiro de 2012, com a Portaria nº 23 do Estado-Maior da Armada (EMA), o HNMD, por ter o IPB em sua estrutura, transformou-se em Instituição Científica e Tecnológica, mantendo vínculo com a Secretaria de Ciência e Tecnologia da Marinha; Hoje O HNMD, Nau Capitânia do Sistema de Saúde da Marinha, é um dos mais avançados Complexos Hospitalares do Brasil. É referência nacional para procedimentos de média e alta complexidade com suas 60 clínicas e serviços. Tem distribuídos em suas diversas Unidades de Internação, 618 leitos e conta, para atendimento ambulatorial, com 105 consultórios além de possuir em seu parque, equipamentos médicos de diagnóstico e tratamento de última geração.