CIRM
Estação contribui para pesquisas científicas e amplia soberania brasileira no mar
A Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (FEST) e a Caixa Econômica Federal (CEF) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para o projeto e a implantação da nova Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ECASPSP) com o suporte de recursos de compensação ambiental.
A FEST que receberá o recurso oriundo do ICMBio e será encarregada pela execução operacional da nova ECASPSP, situada no conjunto de ilhas que está a cerca de 1.100km do litoral do Rio Grande do Norte.
O Arquipélago de São Pedro e São Paulo é um lugar onde ocorrem terremotos toda semana, mas a maioria é de baixa intensidade. São ilhas oceânicas brasileiras, na faixa equatorial, que despertam grande interesse da ciência. A formação desse Arquipélago é um caso muito raro. Um conjunto de montanhas se ergueu do fundo do oceano de 4.000 metros de profundidade, até aparecerem acima da superfície do mar. Sua localização estratégica nos permite incorporar uma área de 450.000 km² – maior que a área dos estados de São Paulo e Paraná juntos - à Zona Econômica Exclusiva brasileira e incorpora grande potencial para realização de pesquisas em variados campos científicos.
Na verdade as ilhas são um refúgio, um local de repouso e refeitório para aves e peixes migratórios, rico em biodiversidade, no meio do oceano Atlântico. Por isso, a Marinha mantém no Arquipélago um farol e uma Estação Científica, há mais de 20 anos. A primeira estação foi construída em 1998, e depois foi substituída pela segunda no ano de 2008. Agora, será construída a terceira estação para dar continuidade às pesquisas, onde mais de 2.000 cientistas já puderam estudar a região, um laboratório a céu aberto para muitos campos da ciência, como geologia, oceanografia, biologia e sismologia.
Assim, a Bandeira Nacional permanece hasteada de forma ininterrupta nesse ponto longínquo da Amazônia Azul, garantindo os interesses do Brasil nas vertentes científica, econômica, ambiental e de soberania.
Para o Secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, Contra-Almirante Ricardo Jaques Ferreira, o acordo celebrado vai permitir a substituição da atual estação que já vem com acentuado desgaste. “Estamos com vários outros planos. Se der certo, no segundo semestre, já teremos internet lá. Nossa intenção com isso é dar mais visibilidade aos projetos de pesquisa para que os brasileiros possam conhecer o patrimônio que eles têm e aumentar o senso de pertencimento daquela área que é nossa. Esse ato representa um importante marco por que reitera nossa mensagem de estar presente nessa área de 5,7 milhões de km² da Amazônia Azul. O estado estará presente, não só a Marinha, mas também a academia e as autoridades ambientais”, destacou o almirante.
Fonte: Agência Marinha de Notícias