O REMPLAC, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, visa à aquisição de dados técnicos, econômicos e ambientais necessários para que órgãos governamentais e empresas, públicas e privadas possam desenvolver atividades de exploração e explotação mineral (pesquisa e lavra mineral) e gestão ambiental, além de servir como subsídios para a formulação de políticas e estratégias governamentais voltadas à utilização sustentável dos recursos minerais marinhos.
No XI Plano Setorial para os Recursos do Mar (XI PSRM) o REMPLAC concentrará seu trabalho em detalhar áreas potenciais ao longo da plataforma continental, com bens minerais específicos, agregados de uso imediato na construção civil e reconstrução costeira, materiais utilizados na correção de solo e bioclastos marinhos, necessários ao desenvolvimento da agricultura nacional, e, principalmente minerais para transição energética e segurança alimentar. Esse detalhamento envolve o conhecimento das características qualitativas e quantitativas do potencial mineral e outras características ambientais, biológicas, oceanográficas e econômicas.
O desenvolvimento dessa ação possibilitará ao País adquirir conhecimento científico e tecnológico de prospecção e de exploração em áreas submersas, contribuindo para a sustentabilidade da mineração dos recursos existentes no solo, no subsolo e no substrato marinho. O caráter estratégico das atividades de mineração marinha pode representar importante parcela para o aumento do PIB nacional.
É importante ressaltar as parcerias do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) com as universidades brasileiras, principalmente com aquelas que integram a Rede do Programa de Geologia e Geofísica Marinha (PGGM), que tem desenvolvido há muito tempo um profíco trabalho visando o aprofundamento do conhecimento geológico, de recursos minerais da área marítima.
Entre as atividades dessa ação, destacam-se os levantamentos e os estudos geológicos e geofísicos, essenciais para a reconstrução paleogeográfica, o estudo da fisiografia submarina, a avaliação das potencialidades minerais, o planejamento de operações de defesa das águas jurisdicionais brasileiras e a validação de modelos de previsão ambiental. A ação prevê ainda a identificação e a avaliação do potencial biotecnológico associado aos recursos minerais.
Objetivo
Avaliar a potencialidade mineral da Plataforma Continental, a fim de possibilitar o uso sustentável dos recursos não vivos, a conservação do meio ambiente marinho e a sua contribuição para a economia azul.
Metas
a) efetuar cinco levantamentos geológicos, geofísicos, oceanográficos ou biológicos na Amazônia Azul (ODS 14.a e ODS 14.c);
b) elaborar cinco mapas geológicos, geofísicos, oceanográficos ou biológicos na Amazônia Azul;
c) elaborar cinco relatórios de avaliação da potencialidade dos recursos minerais na Amazônia Azul;
d) estruturar e consolidar o uso de base de dados geológicos e de recursos minerais da Amazônia Azul, no formato de Sistema de Informações Geográficas - GIS, que agregue as informações disponíveis; e
e) realizar três levantamentos geológicos, geofísicos, oceanográficos ou biológicos na Elevação do Rio Grande (ODS 14.a e 14.c), para a obtenção de subsídios que reforcem os argumentos da sua incorporação à Plataforma Continental.
Indicador | Unidade |
Índice Inicial (DEZ 2023) |
Índice Parcial (Situação em DEZ 2024) |
Meta XI PSRM (até DEZ 2027) |
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Número de levantamentos existentes geológicos, geofísicos, oceanográficos ou biológicos realizados em áreas prioritárias na Amazônia Azul. Fonte: Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM |
UN | 17 | 19 | 22 |
Número de mapas geológicos, geofísicos, oceanográficos ou biológicosda Amazônia Azul existentes. Fonte: CPRM |
UN | 14 | 16 | 19 |
Número de relatórios de avaliação da potencialidade dos recursos minerais da Amazônia Azul produzidos. Fonte: CPRM |
UN | 13 | 14 | 18 |
Percentual de conclusão da estruturação e da consolidação do banco de dados de recursos minerais da Amazônia Azul. Fonte: CPRM |
% | 50 | 60 | 100 |
Número de levantamentos geológicos, geofísicos e oceanográficos realizados na Elevação do Rio Grande. Fonte: CPRM |
UN | 10 | 10 | 13 |
Produtos
a) mapas geológicos, geofísicos e oceanográficos de áreas prioritárias da Amazônia Azul;
b) relatórios de avaliação de potencialidade mineral;
c) banco de dados no formato GIS dos dados geológicos, geofísicos, oceanográficos, biológicos e de recursos minerais da Amazônia Azul implementado; e
d) produção de dados geológicos, geofísicos, oceanográficos ou biológicos da Elevação do Rio Grande.
Coordenação e gestão orçamentária
Ao Ministério de Minas e Energia, coordenador da ação REMPLAC, compete subsidiar a ação orçamentária do PLOA relativa a essa atividade. Os recursos necessários para executar a ação poderão ser complementados pelas demais instituições envolvidas e por emendas parlamentares e poderão ser suplementados com a colaboração de agências de fomento da pesquisa e parcerias nacionais e internacionais.