Capitão de Corveta (EN) Amilcar Mangueira Aguilar Júnior representou a Marinha no Subgrupo de Ruído subaquático e poluição luminosa em Reunião do International Seabed Authority (ISA) na Jamaica
Entre os dias 27 a 29 de junho, o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), subordinado ao Centro Tecnológico da Marinha no Rio de Janeiro (CTMRJ), localizado no município de Arraial do Cabo (RJ), participou de Encontro de “follow-up” da 29ª seção do Grupo de Especialistas para o Desenvolvimento de Limites Ambientais da International Seabed Authority (ISA), na cidade de Kingston, na Jamaica.
Durante a semana, pesquisadores de diversas áreas do ambiente marinho trabalharam intensamente em três subgrupos, focados principalmente em tópicos específicos como toxicidade; turbidez e “ressuspensão” de sedimentos; e ruído subaquático e poluição luminosa, no qual o IEAPM realizou uma palestra sobre a experiência do Brasil no monitoramento e conhecimentos da paisagem acústica submarina e bioacústica. Esse monitoramento permitirá o conhecimento das alterações da paisagem acústica submarina por fontes antropogênicas e o seu efeito sobre a fauna marinha, auxiliando na preservação do ambiente marinho.
Os subgrupos foram incumbidos de sintetizar e rever o conhecimento existente sobre limites ambientais, identificar indicadores apropriados para definir métricas desses limites; definição desses níveis, incluindo alerta precoce; avaliar lacunas críticas e recomendar futuros trabalhos necessários. A discussão foi focada na garantia da segurança da fauna marinha durante o procedimento de exploração mineral do fundo marinho.
A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) é uma organização internacional autônoma estabelecida de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDUM) de 1982 e o Acordo de 1994 relativo à implementação da Parte XI da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Acordo de 1994), por meio da qual os Estados Partes da CNUDUM organizam e controlam todas as atividades relacionadas a recursos minerais no fundo do mar, para o benefício da humanidade, buscando garantir a proteção efetiva do ambiente marinho contra os efeitos nocivos que possam surgir de tais atividades exploratórias.