Valores como cidadania e amor à pátria e um olhar sobre as missões de paz e humanitárias que a Marinha do Brasil (MB) participa retratados por pessoas que encontraram na arte uma forma de superar as limitações de uma deficiência: essa é a proposta da exposição “Corpo de Fuzileiros Navais, Inclusão e Arte”, inaugurada pelo Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN), em parceria com a Associação dos Pintores com a Boca e os Pés (APBP), na sexta-feira, 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, no Museu do Amanhã.
A mostra, que fica em cartaz até o dia 30 de setembro, apresenta 27 pinturas de temática naval, executadas com a boca e os pés, acompanhadas de relatos dos artistas sobre o papel da arte na superação da deficiência. O artista Daniel Ferreira, de 28 anos, é um dos participantes. Devido a uma má formação congênita, Daniel nasceu sem os membros superiores e começou a pintar com os pés aos seis anos de idade e, aos 17, passou a integrar a APBP.
“Foi um prazer muito grande receber esse convite e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade dar vida a uma imagem tão impactante. Minha intenção foi transmitir para as pessoas aquilo o que a imagem passou para mim: emoção, respeito e admiração”, disse Daniel, que pintou a obra de dois fuzileiros navais carregando as bandeiras do Brasil e da Organização das Nações Unidas (ONU).
Representando o Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, o Comandante do Pessoal de Fuzileiros Navais, Vice-Almirante (FN) Cesar Lopes Loureiro, destacou a importância de a MB promover ações de inclusão social. “É uma honra e uma alegria muito grande para a Marinha do Brasil e para o Corpo de Fuzileiros Navais participar de um evento como esse, que tem plena importância não só na arte, como também para demonstrar a capacidade de superação que todos nós podemos ter na vida”, salientou.
Após a mostra no Museu do Amanhã, a exposição seguirá para o Museu Histórico da Cidade, na Gávea, e para outras instituições culturais do Rio de Janeiro.