ENTREGA DO NAVIO-PATRULHA “MARACANÔ AO SETOR OPERATIVO RATIFICA A RETOMADA DA CONSTRUÇÃO NAVAL NO AMRJ

 

     Dia 02 de dezembro, foram realizadas as Cerimônias de Batismo, Mostra de Armamento e Entrega ao Setor Operativo do Navio-Patrulha “Maracanã, após um amplo programa de testes dos sistemas e equipamentos no mar, a fim de certificar a segurança e eficiência do navio.

     Presidida pelo Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, a Cerimônia contou com as presenças do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo César Rezende de Carvalho Alvim, do ex-Ministro da Marinha Almirante de Esquadra Mauro César Rodrigues Pereira, dos ex-Comandantes da Marinha Almirantes de Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, Eduardo Bacellar Leal Ferreira e Ilques Barbosa Júnior, do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, do Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, do Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra José Augusto Vieira da Cunha de Menezes, Membros do Almirantado e demais autoridades.

O NPa “Maracanã”, batizado na cerimônia pela Senhora Selma Foligne Crespio de Pinho, esposa do Comandante da Marinha, e terceiro pertencente à Classe Macaé, que já possui duas unidades em operação na Marinha do Brasil, o “Macaé” (P70) e o “Macau” (P71), foi construído pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, que se prepara, também, para concluir a construção do NPa “Mangaratiba”, prevista para 2025. Tais conquistas ratificam a retomada da construção naval nas instalações do AMRJ e fazem parte da Ação Estratégica Naval – PRONAPA (obtenção de Navios-Patrulha para compor o Poder Naval), do Planejamento Estratégico da Marinha (PEM 2040), cujo propósito é prover o Brasil com uma Força Naval moderna e de dimensão compatível com a estatura político-estratégica do País, capaz de contribuir para a defesa da Pátria e salvaguarda dos interesses nacionais, no mar e águas interiores, em sintonia com os anseios da sociedade.

      Com 54,20 metros de comprimento e velocidade máxima de 21 nós, o navio será empregado em ações de apoio às atividades relacionadas à inspeção naval e no patrulhamento do mar territorial, da zona contígua e da zona econômica exclusiva adjudicadas ao Brasil, além de incrementar a proteção dos mais de cinco milhões de quilômetros quadrados que compõem a Amazônia Azul, contribuindo para a missão da Marinha do Brasil, na defesa dos interesses estratégicos de nossa pátria.

      É importante destacar, também, que a construção do Maracanã nas instalações do AMRJ, com o acompanhamento do Grupo de Recebimento do meio, possibilita um maior conhecimento e, consequentemente, uma melhor condução dos sistemas do navio por parte da nova tripulação, assim como a manutenção do know-how de construção naval pelo corpo técnico do Arsenal, contexto e conjuntura desejáveis e também obtidos durante a construção da Corveta “Barroso”, último navio de guerra entregue pelo Arsenal de Marinha, em 2008.

      Atualmente, para aprimorar o desempenho do Arsenal de Marinha nas tarefas de construção e manutenção dos meios navais, a fim de atender às necessidades da MB, foram efetivadas diversas mudanças estruturantes centradas em ações de melhorias dos processos, otimização da aplicação da mão de obra e aprimoramento das capacitações, bem como na recuperação da capacidade operacional, visando à modernização do parque industrial; continuidade da revitalização da infraestrutura do estaleiro, como diques e carreiras; e revitalização das oficinas especializadas, incluindo a obtenção de máquinas e equipamentos com tecnologias atuais.

      Tais incrementos possibilitarão, ainda, a continuidade da atividade de construção de navios e embarcações no AMRJ, com o projeto de um novo Navio-Patrulha de 500t e a avaliação técnica e de infraestrutura necessárias à construção de Navios-Patrulha Oceânicos de até 1800t, além do planejamento, em andamento, de um Aviso de Instrução, destinado à formação de Oficiais do Corpo da Armada, e do programa de construção de Lanchas de Operações Ribeirinhas, projetadas para missões em operações ribeirinhas, de interdição, inspeção e patrulha naval e que diferenciam-se por possuir maior resistência estrutural, equilíbrio e estabilidade estática e pela elevada capacidade de manobra em águas interiores. Três lanchas já foram entregues, a”Cuiabá”, a “Sinop” e a “São Félix do Araguaia”, respectivamente, em julho de 2021, maio e agosto de 2022.