Rejeitos e efluentes

 

Resíduos sólidos

As construções e operações dentro do Programa Nuclear da Marinha vão gerar resíduos de materiais orgânicos, lamas, produtos de limpeza, esgoto, entulhos, restos de madeira, aço e alvenaria, latas de tintas/solventes vazias, sucatas, papéis, produtos químicos e resíduos oleosos, que serão encaminhados para tratamentos/destinações específicas, de acordo com cada tipo de resíduo.

 

Emissões atmosféricas

Algumas máquinas localizadas em Iperó provocam a emissão atmosférica proveniente da combustão de óleo diesel, contudo, tais equipamentos emissores não são operados continuamente. Essas concentrações estão dentro dos padrões permitidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente

 

Efluentes líquidos

Os resíduos líquidos são processados e tratados até atingirem padrões condizentes para liberação ao meio ambiente e conforme a legislação ambiental vigente no país. Os esgotos serão encaminhados para a estação de tratamento própria e liberados antes do ponto de captação de água que abastece todo o CTMSP-CEA.

 

Geração e Tratamento de Resíduos Radioativos

- Definição e Classificação dos Rejeitos Radioativos

A norma CNEN-NE-6.05 (Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radioativas), de dezembro de 1985, define como rejeito radioativo todo e qualquer material resultante de atividades humanas, que contenha radionuclídeos em quantidades superiores aos limites estabelecidos pela Norma CNEN-NE-6.02 (Licenciamento de Instalações Radioativas) e pelo "Basic Safety Standards - Safety Series 115", cuja reutilização seja imprópria ou não prevista.

Por norma da CNEN, os rejeitos são classificados em categorias segundo o estado físico, radiação, concentração e taxa de exposição na superfície do rejeito e determinam, ainda, se são de baixo, médio ou alto nível de radioatividade.

 

Geração e Acondicionamento dos Rejeitos Sólidos Radioativos

São exemplos de rejeitos radioativos de médio e baixo nível de radioatividade:

- Concentrado do Evaporador, Resinas e Filtros;

- Rejeitos solidificados em matriz de cimento;

- Rejeitos compactados: materiais triturados e compactados por prensa hidráulica para redução de volume, constituídos de materiais plásticos, papéis, luvas, sapatilhas, roupas, entre outros;

- Rejeitos não compactados: peças, tubos, materiais metálicos, que, além do processo de segregação normal, sofrem processos de cortes e re-segregação para otimização do volume de armazenamento. São mobilizados em rejeitos.

Os depósitos iniciais de rejeitos sólidos radioativos são de responsabilidade de cada unidade geradora, que serão acondicionados em embalados dentro de áreas próprias para o armazenamento. Esses depósitos iniciais são construídos obedecendo as normas de segurança nuclear, proteção radiológica e proteção física estabelecidos pela CNEN, visando isolar os rejeitos de modo a assegurar a proteção aos seres vivos e ao meio ambiente.

A disposição intermediária e final desses rejeitos é de responsabilidade da CNEN. A destinação final de resíduos nucleares é uma questão tecnicamente equacionada, dispondo-se de processos seguros para seu controle, armazenagem e deposição até que deixem de oferecer riscos ao ser humano e ao meio ambiente.

 

Armazenamento dos Elementos Combustíveis Irradiados

Os elementos combustíveis irradiados serão armazenados em uma piscina apropriada, com capacidade de estocar quantidade suficiente para todo período operacional da planta.

 

Geração e Processamento dos Rejeitos Gasosos Radioativos

O processamento dos rejeitos se destina à redução das doses de radiação liberadas para o meio ambiente e tem a função de evitar a formação de misturas quimicamente explosivas.

As emissões atmosféricas, após tratamentos e com concentrações dentro dos limites estabelecidos para lançamentos no meio ambiente, são devidamente monitoradas de acordo com a norma CNEN-NE-6.05 (Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radioativas). Os monitoramentos das chaminés de descarga dos efluentes gasosos radioativos medem a concentração de radioatividade presente nos gases descarregados.

São exemplos de rejeitos gasosos radioativos os gases provenientes diretamente do circuito primário, incluindo os gases de fissão, o oxigênio e o hidrogênio resultantes da decomposição da água pelo fluxo neutrônico (radiólise) e o nitrogênio, além dos gases e aerossóis potencialmente radioativos e gases de ativação, bem como os gases não condensáveis provenientes diretamente do circuito secundário.

 

Origem e Processamento dos Rejeitos Líquidos Radioativos

O sistema de processamento de efluentes líquidos tem a função de coletar os efluentes líquidos radioativos e não-radioativos produzidos na área controlada e tratá-los até que possam ser descartados sem impacto significativo, atendendo às normas de segurança ao meio ambiente.

Todos os prédios com sistemas mecânicos e que possuem material radioativo são dotados de sistemas especiais de drenagem, capazes de coletar e armazenar os líquidos em tanques situados no nível mais baixo de cada prédio. De lá, o rejeito é bombeado para tanques de armazenagem e posterior tratamento.

As águas provenientes dos chuveiros e da lavanderia são transferidas diretamente para os tanques de monitoração e liberadas para o meio ambiente, sempre em conformidade com os requisitos radiológicos de liberação.