A bordo: uma experiência inigualável

A vida de bordo marca a trajetória de qualquer militar da Marinha e foi exatamente desse jeito que Tenente Amaro começou logo assim que se formou como Marinheiro, a primeira graduação da carreira das Praças, pela Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco (EAMPE). As viagens, cidades jamais imaginadas serem conhecidas, os portos, o convívio com os colegas, a rotina de trabalho, tudo isso faz parte da carreira.

"O ambiente a bordo dos navios da Marinha é muito familiar e agradável, visto que a convivência diária nos remete a um clima de amizade e respeito”, revela.

Vida militar: trabalho em equipe e momentos históricos

Uma vivência militar tão sonhada também deveria ser construída com algo marcante e não foi por menos: a  primeira experiência do Tenente Amaro foi servir a bordo, mas não de qualquer navio, e sim do primeiro navio da Armada Brasileira projetado especificamente para o serviço de Hidrografia: o Navio Hidrógrafo Sirius (Nhi Sirius). Foi nele que Amaro percebeu a importância do trabalho de todos, desde os marinheiros até o comandante.

"Após me formar Marinheiro, embarquei e fui designado para servir no Departamento de Máquinas. Aprendi bastante, pois o serviço dos Marinheiros era muito importante para o bom andamento das atividades a bordo", relembra.

Ser testemunha de momentos históricos da Marinha está incluído no currículo de alguns poucos militares e com Amaro não foi diferente. Já como Cabo, foi indicado para servir a bordo do Navio Aeródromo Ligeiro (NAeL Minas Gerais), um porta-aviões da MB desligado em 2001. Nele, o Tenente fez parte do seleto grupo que presenciou o primeiro lançamento de aeronaves AF-1 (caça), algo marcante para a defesa do país.

"A bordo desse navio realizei diversas viagens, incluindo uma em que ocorreu o primeiro lançamento de aeronaves AF-1 (caça)", recorda.

Após cerca de dois anos a bordo do NAel Ninas Gerais, Amaro desembarcou para o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), onde exerceu a função de ajudante no gabinete do Diretor e Vice-Diretor. Passados quatro anos nessa Organização Militar (OM), ele fez o Curso de Formação de Sargentos no Centro de Instituição Almirante Alexandrino (CIAA) e foi promovido Terceiro- Sargento. A partir dessa graduação, ele foi aprovado para o Oficialato.

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