CIRM inicia OPERANTAR XLII

PROANTAR

Comandante Aurélio (NApOcARongel), Almirante Jaques (SECIRM), Almirante André Macedo (DHN) e Comandante Leonardo Vianna (GNHo) - Imagem: 1SG ET Monteiro

A Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) deu início à 42ª Operação Antártica (OPERANTAR XLII), no dia 8 de outubro, com a partida do Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel” (NApOcARongel) e do Navio Polar “Almirante Maximiano” (NpoAlteMaximiano), que desatracaram da Base Naval da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro-RJ, rumo à Antártica. A missão terá como objetivos prestar apoio logístico à Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e às pesquisas científicas, além da cooperação internacional com os países antárticos, garantindo a continuidade do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Os navios possuem dois modernos helicópteros UH-17, do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, que integram o destacamento aéreo embarcado. Além disso, servirão como plataformas para a realização de pesquisas e efetuarão lançamentos e recolhimentos de pesquisadores em três acampamentos. O regresso ao Rio de Janeiro está previsto para abril de 2024.

Familiares se despedindo dos militares por ocasião do início da OPERANTAR - Imagem: 1SG ET Monteiro

Na despedida dos navios, o Diretor de Hidrografia e Navegação, Vice-Almirante André Macedo, ressaltou que a missão é resultado de um grande esforço para preparar o dois navios antárticos para operarem no continente gelado, “Temos uma missão muito importante que é sair e voltar com segurança, cumprindo todas as tarefas que a Marinha e a sociedade brasileira nos impõem. Inclusive, nessa missão, serão realizados levantamentos hidrográficos em proveito do Plano de Trabalho de Hidrografia 2020-2023, da Diretoria de Hidrografia e Navegação”, disse o Almirante.

Almirante Jaques, Comandante Aurelio e Almirante André Macedo - Imagem: 1SG ET Monteiro

O Navio “Ary Rongel” está levando o novo Grupo-Base que irá operar e manter a EACF durante um ano. Segundo o Secretário da CIRM, Contra-Almirante Ricardo Jaques Ferreira: “esse Grupo de dezessete militares da Marinha dará apoio aos 140 pesquisadores que realizarão 23 projetos científicos direcionados aos mais diversos campos: meteorológico, atmosférico, oceanográfico, hidrográfico, morfológico, biológico e da paleontologia. Além disso, a OPERANTAR XLII possui em seu planejamento dez voos de apoio da FAB, para a concretização das ações estratégicas navais de contribuição para o desenvolvimento nacional, manutenção da presença brasileira na Antártica e cooperação científica internacional”.

Na ocasião, os comandantes dos navios falaram de suas expectativas para cumprir a missão: o Comandante do NApOcARongel, CMG Aurelio, disse que o comando no mar durante a OPERANTAR representa a maior realização profissional da sua carreira. “A possibilidade de navegar em três diferentes oceanos, Atlântico, Pacífico e Antártico, além de cruzar pelo sempre desafiador Estreito de Drake”. Já o Comandante do NPoAlteMaximiano, CMG Dieferson, destacou alguns aspectos que envolvem a missão. “Algumas das dificuldades que devemos encontrar são as condições meteorológicas adversas e os fatores psicossociais. Como estamos em um ano de El Nino, já estamos monitorando a maior possibilidade de gelo desprendido, o que representa maior risco à navegação. Mas, a situação está sob controle”, afirmou.