
No dia 04 de setembro, cerca de 13h30 hora de Brasília (18h30 na Itália), a Corveta “Barroso” da Marinha do Brasil, encontrava-se navegando no Mar Mediterrâneo, a 170 milhas da terra mais próxima, Sicília, Itália, com destino à cidade de Beirute (Líbano), quando recebeu um comunicado do Centro de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) italiano, por meio do sistema automático de comunicações do serviço internacional de Busca e Salvamento, sobre a existência de uma embarcação com risco de afundar com cerca de 400 migrantes, com destino à Europa.
Dois Navios-Patrulha italianos de pequeno porte se juntaram à cena de ação e, tendo em vista a impossibilidade desses navios receberem os migrantes a bordo, a Guarda Costeira italiana solicitou o apoio da Marinha do Brasil para efetuar o resgate e o posterior transporte para o porto italiano de Catânia. O Comandante da Marinha do Brasil prontamente autorizou a prestação desse apoio, a fim de salvaguardar a vida daquelas pessoas.
Segundo a Marinha, o navio resgatou 220 refugiados de uma embarcação em risco no Mar Mediterrâneo, e a maioria das pessoas salvas é composta por mulheres e crianças, dentre elas quatro bebês, todos bastante debilitados.
Também foi divulgada uma declaração do comandante do navio, capitão de fragata Alexandre Amendoeira Nunes: “Me sinto apenas um cidadão, um servidor da Marinha do Brasil. Sinto muito orgulho do que faço perante o Brasil. Nada de heroísmo, apenas a nossa função de salvaguarda da vida no mar, como somos treinados desde os bancos escolares. Não considero isso heroísmo, mas parte do nosso dever na Marinha do Brasil.”
A Marinha do Brasil divulgou nessa terça-feira, 8 de setembro, através de um Boletim de Notícias – BONO nº 632 de 08 de setembro de 2015 – uma mensagem do Comandante da Marinha Alusiva ao Resgate de Refugiados pela Corveta Barroso.