O Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) teve sua primeira Patente aprovada nos EUA. Deferida no dia 30 de dezembro de 2013, a Patente aprovada é referente à pesquisa desenvolvida em parceria pelo Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), com 50% da propriedade, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Denominada “1-hydroxy-2-o-acyl-sn-glycero-3-phosphocholine compounds, preparation process, antifouling composition, process for its preparation, method to prevent fouling, method to turn a surface into an antifouling surface, and, covered surface”, a pesquisa traz como proposta inovadora a utilização em tintas marítimas antiincrustantes, de um agente biocida isento de metais e sintetizado a partir de matéria-prima natural, nacional e de baixo custo, na verdade, um subproduto do refino de óleo de soja. Segundo um dos inventores, o CF (EN) William Romão Batista (IEAPM) , foram realizados estudos e testes com outras substâncias naturais, que também teriam ação antiincrustante, porém apresentaram problemas quanto a uma possível síntese e produção em escala industrial. “A grande dificuldade em outras pesquisas está relacionada à síntese química dessas substâncias. Este obstáculo nós superamos conseguindo sintetizar em laboratório o biocida”, disse. Testes de campo realizados em comparação com tintas antiincrustantes disponíveis no mercado mostraram que o produto sintetizado, quando usado em substituição aos biocidas convencionais, apresentaram uma melhor eficiência com significativa redução da formação do biofilme e da cobertura por organismos incrustantes. Além do CF (EN) William Romão Batista (IEAPM), também fazem parte da pesquisa os inventores Dr. Ricardo Coutinho (IEAPM), Dra. Maria Helena Campos Baeta Neves (IEAPM), Dr. Cláudio Cerqueira Lopes (LASAPE - UFRJ), Dra. Rosângela Sabbatini Capella Lopes (LASAPE - UFRJ), Dra. Vanessa de Almeida Martins (LASAPE - UFRJ) e Dr. Renato Crespo Pereira (UFF). “Este é o grande passo para termos no futuro, disponível no mercado, tintas para cascos de navios e plataformas de petróleo, com eficaz ação antiincrustante, e isentas de substâncias nocivas ao meio ambiente marinho”, explicou o pesquisador.