Criado em 26 de abril de 1984, na época, absorvendo a infraestrutura de pesquisa e capacitação técnica já existentes no Projeto Cabo Frio, inicialmente foi chamado de Instituto Nacional de Estudos do Mar (INEM). No ano seguinte teve sua denominação alterada para Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), nome atual, concedido em justa homenagem ao seu idealizador. São três décadas dedicadas à pesquisa nas áreas da Oceanografia Biológica, Química, Física e Geológica, Sensoriamento Remoto e Acústica Submarina. Mantendo o sonho inicial do Almirante Paulo Moreira, de transformar a instituição numa Universidade do Mar, incentivando os jovens para a conquista do oceano através da pesquisa científica, o IEAPM cruza a data de sua criação com perspectivas reais de se implantar seu primeiro curso de Mestrado, na área da Biotecnologia Marinha. Este ano, também marcou a instituição a conquista de sua primeira Patente, aprovada nos EUA, fruto de pesquisa inovadora para utilização em tintas marítimas anti-incrustantes de um biocida natural – o primeiro passo para termos no futuro, disponível no mercado, tintas para cascos de navios e plataformas de petróleo, com eficaz ação anti-incrustante e isentas de substâncias nocivas ao meio ambiente marinho.
Atualmente o IEAPM passa por um processo de revitalização, com a construção de sua nova infraestrutura e a recuperação e modernização de seus laboratórios e instalações, que darão ao Instituto possibilidade de ampliar a realização de pesquisas de ponta e aprimorar a qualidade do conhecimento científico gerado, permitindo que os projetos a serem desenvolvidos alcancem nível internacional e contribuam para o melhor conhecimento e a eficaz utilização do Ambiente Marinho, tanto no interesse da Marinha, mas também em benefício do desenvolvimento socioeconômico do País. O Projeto Cabo Frio – embrião de onde evoluiu o Instituto Nacional de Estudos do Mar – teve início em novembro de 1971, idealizado pelo Vice-Almirante Paulo de Castro Moreira da Silva, que na época exercia o cargo de Diretor do Instituto de Pesquisas da Marinha. Tinha como objetivo a criação de uma instituição destinada a apoiar e executar estudos do mar e de seus recursos oceanográficos, físico-químicos e biológicos, estimulando a produção natural e promovendo a produção controlada de peixes, crustáceos, moluscos e algas, com o máximo aproveitamento das condições ambientais especiais existentes na região. O local escolhido para instalação da sede não foi por acaso. As características geográficas da região de Cabo Frio, tais como a mudança de orientação da linha da costa, o estreitamento da plataforma continental e o vento predominante do NE, favorecem a ocorrência de um fenômeno conhecido como Ressurgência – afloramento de águas profundas, frias e ricas em nutrientes – conferindo à região condições meteorológicas e oceanográficas únicas e tornando Arraial do Cabo (na época distrito de Cabo Frio) uma área ideal para sediar uma instituição voltada à investigação das ciências e processos marinhos.
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