a) AT 1 – Novas Estratégias Marítimas para o Atlântico Sul;
Inserido em um espaço plural e multidisciplinar, tem com o objetivo de estudar diversas estratégias que podem ser aplicadas no entorno estratégico nacional e demais áreas de interesse. De forma mais específica, os estudos deverão ter como foco o Atlântico Sul, voltando-se à conscientização da importância dos mares e dos oceanos, em suas variadas dimensões e aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.
Por a estratégia subordinar-se aos objetivos nacionais, estuda, ainda políticas públicas ligadas à Defesa e Segurança Internacionais, com ênfase na área de atuação da denominada Amazônia Azul, assim como as que decorrem da Política Nacional de Defesa (PND) e da Estratégia Nacional de Defesa (END).
Assim, estudos de conceitos de estratégias marítimas atuais, bem como a proposição de novas estratégias, como a A3AD, que importam na tentativa de conter possíveis ameaças à soberania marítima nacional nos espaços marítimos de interesse.
As opiniões expressas pelos colaboradores do GENE em seus trabalhos acadêmicos não representam, necessariamente, o posicionamento da EGN/MB.
Resumos apresentados por colaboradores do GENE.
Estudo sobre a atuação da MB no apoio ao combate de atividades ilícitas no Golfo da Guiné - CMG José Carlos de Souza Junior
Ensaio: "O DESPERTAR AZUL: Ações de Fomento da Mentalidade Marítima, Resolvendo Problemas no Mundo Real" - CMG Alessandro Black Pereira, Oficial Aluno do C-PEM 2023.
b) AT 2 - Teoria da Estratégia Naval na Contemporaneidade;
Pesquisa os teóricos clássicos das Estratégia Naval, nacionais e estrangeiros, bem como os pensadores contemporâneos. Dado que cabe ao poder político deve aplicar a estratégia correta para atingir, através do poder, os objetivos nacionais, com ou sem o uso da força, considera-se a política e estratégia como indissociáveis.
Assim, procura responder questões chaves, sob o viés da estratégia naval:
1) Em um mundo pós-Guerra Fria, em constantes transformações, fruto da mais rápida globalização que hoje se vivencia, como o Brasil se prepara quanto à possibilidade de securitizações em seu entorno estratégico?
2) Como o Brasil tem capacitado seu poder dissuasório visando ao controle de áreas litorâneas e oceânicas, principalmente no que concerne às recentes descobertas de recursos não vivos e vivos altamente rentáveis no Atlântico Sul?
3) Como o Brasil tem lidado com as possibilidades de interferência de atores extrarregionais, inclusive supranacionais, e com as limitações dos Estados e organismos bilaterais e multilaterais, quanto à defesa e segurança no Atlântico Sul?
As opiniões expressas pelos colaboradores do GENE em seus trabalhos acadêmicos não representam, necessariamente, o posicionamento da EGN/MB.
Resumos apresentados por colaboradores do GENE.
Sustentabilidade e Desenvolvimento no Mar - Considerações a partir da Geopolítica do Capitalismo. (Ensaio de Alexandre Rocha Violante, publicado na revista CEDEPEM, Volume 2 - Número 1 - jan./mar., 2022).
Anexo da Resenha sobre o Rearmamento Militar pelo Mundo - produzido pelo CMG Ricardo Lhamas Guastini e publicado pelo Centro de Estudos Estratégicos da Marinha Nacional Francesa.
Ensaio: "A PERSPECTIVA DA MARINHA NA COMBINED MARITIME FORCES: Resultados, Perspectivas e Oportunidades nos Campos da Segurança Marítima e Diplomacia Naval" - CMG Luciano Calixto de Almeida Junior, Oficial Aluno do C-PEM 2023.
c) AT 3 - Guerra Híbrida; e
Pesquisa o surgimento e a conceituação desse tipo de guerra, com foco no ambiente marítimo. Estuda-se as vulnerabilidades, como prevenir e combater as ameaças híbridas no ambiente marítimo, as formas de cooperação e colaboração entre as instituições e as relações interestatais. As “novas ameaças” e as ameaças híbridas. As relações Estado e entidade criminosas não estatais. A importância do meio informacional, a “dominação de espectro total”,o fim da separação entre guerra e política, ou o “tempo de guerra e tempo de paz”. As ameaças híbridas marítimas e o Direito do Mar. As ameaças híbridas e a indústria do comércio marítimo. O ambiente cibernético na Guerra Híbrida.
As opiniões expressas pelos colaboradores do GENE em seus trabalhos acadêmicos não representam, necessariamente, o posicionamento da EGN/MB.
GUERRA HÍBRIDA NO AMBIENTE MARÍTIMO: Uma Compreensão Inicial. (CA (RM1) Eduardo Augusto Wieland)
GUERRA HÍBRIDA - Discussões e Análises - CMG (FN) Marcio Pragana Patriota.
Artigo: " A Terceira Guerra Mundial já começou – e nós nem percebemos". CMG (RM1-FN) Marcio Pragana Patriota (EGN).
Resenha Crítica: "Sandworm: uma nova era na guerra cibernética e a caça pelos hackers mais perigosos do Kremlin". Autor: Andy Greenberg. Resenhado por CC Luis Felipe Lima Santos (EGN).
Artigo: "A Contribuição do Arthashastra de Kautilya para as Guerras Híbridas. CF Moreno de Queiroz Figueiredo (EGN)
Artigo: "IMPERATIVOS E DESAFIOS DE SEGURANÇA DA GUERRA RÚSSIA - UCRÂNIA EM ÁFRICA. a Influência do Ambiente Informacional". CMG Raphael Corrêa Silva (IUM - Portugal).
d) AT 4 – Novos Métodos de Planejamento
A pesquisa apresentará uma proposta de adoção de técnicas e métodos associados ao design thinking de planejamento para o gerenciamento de problemas complexos, considerando os principais fatores que influenciam os trabalhos colaborativos em um ambiente interagências, e o processo de planejamento militar conjunto e suas peculiaridades.
A singularidade, o ineditismo e a complexidade dos atuais problemas exigem altos níveis de colaboração e interações sociotécnicas, pois nenhuma agência tem as capacidades e os recursos necessários para gerenciá-los, atuando isoladamente. Assim, a única maneira de conseguir soluções efetivas é combinar o conhecimento e a experiência de diferentes agências, afastando a tradicional abordagem linear de autossuficiência. As agências devem explorar construtivamente suas diferenças, buscando soluções inovadoras que vão além de sua própria visão limitada, implementando-as em conjunto.
Apesar da unidade de esforços entre as agências ser vista de forma evidente como um bem de elevado valor público, sua operacionalização ainda é pouco trabalhada, permanecendo assim, problemática. Sendo imperioso e inevitável tratar os problemas sociais complexos de forma holística, deve ser adotada uma abordagem que utilize o método denominado mapeamento de perspectiva sistêmica.
Como atualmente não há uma estrutura de planejamento consolidada para o trabalho interagências, acreditamos que o design proposto fornecerá aos profissionais uma compreensão mais clara dos importantes fatores sociais e organizacionais que contribuem para uma colaboração interagências bem-sucedida.
O Processo de Planejamento Conjunto adota uma posição mais flexível em relação à tolerância à subjetividade e aos recursos de análise e interpretação do que os métodos tradicionais de planejamento (fortemente influenciados pela estrutura cartesiana). Há, ao longo do Processo, um compromisso constante do decisor com o resultado, efetivado pela expedição e revisão de suas intenções e diretrizes para o prosseguimento dos trabalhos.
Outros recursos apontam na mesma direção: os conceitos da Arte Operacional, que denota uma carga de subjetividade expressiva; o concurso de assessores de diversas e múltiplas habilidades (i.e. assuntos civis, direito dos conflitos armados); e o gerenciamento do risco, que também é processo apoiado por uma multiplicidade de visões e com o concurso de talentos de diferentes matizes. Dessa forma, reforça-se a presença de diversas possibilidades de ajustes da solução do problema militar que, em vez de um processo de “caminho único”, aceita o concurso e a dialética entre diversas visões com ferramentas de natureza e processos distintos, sujeitas a revisões e ajustes até a sua implementação.
As opiniões expressas pelos colaboradores do GENE em seus trabalhos acadêmicos não representam, necessariamente, o posicionamento da EGN/MB.
Ensaio: UMA NOVA METODOLOGIA PARA PLANEJAMENTO MILITAR? (CA (RM1) Eduardo Augusto Wieland)
Ensaio: Gerenciamento de Problemas Complexos baseados em Design Thinking - CF (FN) Rafael Pires
Ensaio: OS PERIGOS DA SISTEMATIZAÇÃO DA ARTE DA GUERRA: Um breve estudo sobre alguns conceitos de Clausewitz e seu emprego contemporâneo. CF (RM1) Fabiano Rebello Cantarino
Ensaio: O GERENCIAMENTO DA INCERTEZA: Uma nova abordagem para hipóteses e premissas no Planejamento Militar. CF (RM1) Fabiano Rebello Cantarino.
A Inteligência Artificial como Ferramenta para a Tomada de Decisão no Processo de Planejamento Conjunto das Forças Armadas Brasileiras" - CF Carlos Eduardo Pereira de Sousa.
Ensaio: " A COOPERAÇÃO EM INTELIGÊNCIA COMO FORMA DE APRIMORAMENTO DA SEGURANÇA MARÍTIMA NA AMAZÔNIA SUL: O caso do COMPAAZ" - Talita Anunciação da Silva Gomes, aluna do C-PEM 2023, oriunda da ABIN .
e) AT 5 - Segurança Marítima e Meio Ambiente
A Segurança Marítima é um conceito cada vez mais utilizado nas políticas e estratégias dos atores estatais e não-estatais no sistema internacional. Seus desafios vão desde a manutenção de suas soberanias, quanto à economia azul, à livre navegação dos mares, às mudanças climáticas e aos interesses oceanopolíticos.
A ausência de um consenso internacional sobre sua definição faz com que ações de governança, mais cooperativas, contrastem com ações unilaterais cada vez mais conflitivas.
Assim, discutir estruturalmente esse conceito e seus desdobramentos faz-se necessário, principalmente quanto à realização de operações navais e atividades econômicas que, como atividades humanas, de alguma forma afetam o ecossistema marinho.
Pretende-se dessa forma, dentre outras possibilidades, avaliar os efeitos das operações navais no meio ambiente marítimo e os efeitos de restrições ambientais sobre a capacidade de preparo da Marinha. Também, examinar os efeitos potenciais da mudança climática sobre a estabilidade global e suas implicações para a segurança e o planejamento da defesa nacional, com foco no domínio marítimo.