Ilha dos Ratos. Sob esse nome prosaico, nada elogioso, existia uma pequena ilha, constituída apenas de um aglomerado de pedras na baia de Guanabara.
Mas tarde, aterrada e com outro nome, seria sede da Hidrografia brasileira.
A transformação teria início com Del Vecchio, que construiu, de 1881 a 1889, um dos mais belos monumentos do período imperial no Rio de Janeiro. É o novo nome: Ilha Fiscal, por destinar-se à Alfândega.
Arquitetonicamente deslumbrante, destaca-se hoje da paisagem da Guanabara, ponto de atração indispensável, linhas extraordinárias, torres pontiagudas, mística verticalidade.
A 9 de novembro de 1889, pouco antes da Proclamação da República, realizava-se ali o Último Baile no Império, homenagem à oficialidade do Almirante Cochrane, navio de guerra chileno.
Em 1893, na Revolta da Armada, teve os vitrais quebrados e as paredes crivadas de balas de canhão.
Mas a glória maior foi abrigar, desde 1914, a Repartição Hidrográfica.