E-navigation

A Organização Marítima Internacional (IMO) define o e-Navigation como sendo:

" Coleta, integração, intercâmbio, apresentação e análise harmonizados de informações

marítimas, a bordo e em terra, por meios eletrônicos, com o propósito de aprimorar a

 

navegação de berço a berço do cais e serviços relacionados, para a proteção e a segurança

no mar, bem como a preservação do ambiente marinho".

 

O e-Navigation não é um tipo de equipamento, mas sim um "conceito" que contempla uma

ampla gama de sistemas e serviços integrados de informação, relacionados à navegação. O

conceito baseia-se na harmonização dos sistemas de navegação e dos serviços de apoio em terra.

 

O propósito é a redução de erros, tornando a navegação nas áreas marítimas e nas vias

navegáveis interiores mais confiáveis e mais simples.

 

Como parte dos requisitos básicos, acordou-se que a implantação e operação do e-

Navigation deve ser baseada nas necessidades do usuário e não ser impulsionada pela tecnologia.

Foi identificada e aprovada uma lista de necessidades do usuário

(necessidades do usuário a bordo, em terra e das autoridades dos Serviços de Busca e

Salvamento - SAR):

- A arquitetura global para o e-Navigation;

- Uma proposta para o desenvolvimento de uma Estrutura Comum de Dados Marítimos

(CMDS); e

- O uso do padrão S-100 da Organização Hidrográfica Internacional (OHI) como base para

a criação de uma estrutura para o acesso de dados e serviços no âmbito da Convenção

SOLAS.

 

Com base nas necessidades identificadas dos usuários e após o cumprimento de uma

sistemática própria da IMO foram priorizadas cinco soluções para o e-Navigation:

S1: projeto de passadiço aperfeiçoado, harmonizado e funcional;

S2: padronização e automatização de relatórios;

S3: aprimoramento da confiabilidade, resiliência e integridade dos equipamentos do

passadiço e informações de navegação;

S4: integração e apresentação, em display, das informações recebidas via equipamentos de

comunicações; e

S5: aperfeiçoamento das comunicações no portfólio dos serviços de VTS (não limitado às

estações VTS).

As soluções S2, S4 e S5 têm como foco a transferência automática de informações e dados

entre todos os usuários (navio-navio, navio-terra, terra-navio e terra-terra) enquanto as soluções

S1 e S3 promovem o uso funcional e prático de informações e dados a bordo.

 

As necessidades de harmonização e de padronização dos serviços de terra resultaram na

elaboração do Portfólio de Serviços Marítimos (MSP), que categorizaram esses serviços por áreas

geográficas, de modo a facilitar a determinação do tipo e da quantidade de informação a ser

transmitida e considerando o sistema de comunicação a ser usado, bem como a identificação das

entidades ou organizações responsáveis pela disseminação da informação.

 

Em novembro de 2014, o Comitê de Segurança Marítima (MSC 94) aprovou o Plano de

Implementação da Estratégia de e-Navigation (SIP), que tem como principal objetivo

implementar as cinco soluções priorizadas.

Em 2017/2018 foi realizado a primeira revisão do SIP e em maio de 2018 foi emitida a MSC.1/Circ.1595 aprovando e disseminando o e-Navigation Implementation Plan – update 1.

 

Com o propósito de coordenar a implementação do conceito de e-Navigation no âmbito desta Diretoria, a DHN elaborou em 2017, o documento "Estratégia para implementação no âmbito da Diretoria de Hidrografia e Navegação do conceito de e-Navigation"

 

SAIBA MAIS:

- Revisão da descrição dos serviços marítimos no contexto do enavigation

- Avanços tecnológicos em hidrografia com a implementação do modelo universal de dados hidrográficos (S-100)

- MS 5 – Serviço de Informações de Segurança Marítima (Parte 1)

- MS 5 – Serviço de Informações de Segurança Marítima (Parte 2)

- MS 5 – Serviço de Informações de Segurança Marítima (Parte 3)

- MS 5 – Serviço de Informações de Segurança Marítima (Parte 4)

- MS 5 – Serviço de Informações de Segurança Marítima (Parte 5)

- MS 5 – Serviço de Informações de Segurança Marítima (Parte 6)