Operação ACRUX XI: Navios brasileiros atracam em Buenos Aires

Navio de Apoio Logístico “Potengi” e Navio de Assistência Hospitalar “Tenente Maximiano” na hidrovia Paraguai-Paraná

 

 

Após navegarem por cerca de 2.800 km na hidrovia Paraguai-Paraná, meios navais da Marinha do Brasil atracaram em 12 de julho na cidade de Buenos Aires, na Argentina, para execução da ACRUX XI, maior Operação Ribeirinha Combinada da América Latina.

A tradicional comissão é realizada desde 2003, a cada dois anos, e tem como fim contribuir para a interoperabilidade e adestramento das unidades subordinadas à Marinha do Brasil, às Armadas da República Argentina, da República Oriental do Uruguai, da República do Paraguai e da República da Bolívia.

O Navio-Transporte Fluvial “Paraguassu”, o Navio de Apoio Logístico Fluvial “Potengi”, o Navio-Patrulha “Piratini” e o Navio de Assistência Hospitalar “Tenente Maximiano”, meios do Comando da Flotilha de Mato Grosso, Organização Militar subordinada ao Comando do 6º Distrito Naval, suspenderam do cais da Base Fluvial de Ladário no dia 23 de junho para a execução da décima primeira edição da ACRUX que, neste ano, será realizada no período de 12 a 24 de julho, em Buenos Aires, tendo como anfitriã a Armada Argentina.

No contexto da Operação, a Força-Tarefa Fluvial Combinada conta com o emprego de 10 meios navais, incluindo os quatro navios brasileiros, e três Companhias de Fuzileiros Navais, sendo uma da Argentina, uma do Uruguai e uma do Brasil. No Grupo-Tarefa de Apoio Aéreo Combinado, são seis aeronaves, duas da Argentina e quatro do Uruguai. A Área de Operações será o Rio Ibicuy, na área compreendida entre Cinco Bocas e Isla Metasiete. Participam, ao todo, cerca de 640 militares, sendo 245 da MB.

Para o Comandante da Flotillha de Mato Grosso, Capitão de Mar e Guerra Cezar Batista Cunha Santos, “a ACRUX, além de promover atividades que asseguram o adestramento de nossos meios e tropas em um ambiente ribeirinho diferente do bioma do Pantanal brasileiro e de ampliar os laços de amizades entre os países vizinhos, comprova a capacidade expedicionária e de projeção de poder da Marinha do Brasil em localidades distantes de nossas bases, assim como permite a possibilidade de navegação e de presença da nossa Instituição em uma hidrovia tão importante do nosso país, como é a hidrovia Paraguai-Paraná”, ressaltou.

 

Planejamento da ACRUX XI

O planejamento da Operação Ribeirinha Combinada ACRUX, normalmente, acontece no ano anterior à sua execução ocorre no ano seguinte. Para delinear e programar a edição XI, representantes dos países envolvidos reuniram-se, em agosto de 2023, na Base Naval de Zárate, no Comando de Área Naval Fluvial, na Argentina, para analisar e planejar a missão e generalidades do exercício, características da área de operações, calendário para execução, meios, entre outros.

Por fim, houve a assinatura de um acordo, no qual foram compiladas decisões preliminares da reunião de planejamento de um dos mais importantes exercícios de operações ribeirinhas multinacionais, realizado em nível regional.

A Direção do Exercício é realizada de forma rotativa pelas Marinhas dos países participantes e, de acordo com a programa de adestramento, a ACRUX XII está prevista para ocorrer no Brasil, em 2026.

 

 

Navio-Transporte Fluvial “Paraguassu" é o Capitânia dos navios brasileiros

 

 

Navio-Patrulha “Piratini” é um dos meios que representa o Brasil na “ACRUX”

 

 

Planejamento da ACRUX XI, em Zárate-ARG, no ano de 2023