O Primeiro Salvamento
Joaquim Marques Lisboa, que se encontrava no comando da Fragata D. Afonso, suspendera de Liverpool, na Inglaterra, em experiência de máquinas, levando a bordo ilustre personalidades. Às 11:00 horas, a cerca de 6 milhas do Cabo Great Ormshead, na costa de Lancastershire, avistou um barco em chamas. Aproximando-se a toda velocidade, logo identificou a galera norte-americana Ocean Monarch, que viajava de Liverpool para Boston, salvando de morte cerca de 256 dos seus 396 passageiros.
Foi o primeiro de uma série de feitos heróicos prestados por um serviço da Marinha que só se faz notado nas horas perigo.
A área marítima brasileira, pela sua extensão, exige da Marinha do Brasil um considerável esforço para que, eficazmente, seja conduzido o Serviço de Busca e Salvamento. Assim, torna-se indispensável contar com a participação das diversas entidades civis, ligadas ao mar, para a execução desta importante tarefa.
O "homem do mar" sabe perfeitamente o significado da prestação de auxílio no mar. Independente das leis que tratam o assunto e acima de quaisquer outros juízos, ele, por herança, por formação e por caráter, conhece suas obrigações e responsabilidades.
A salvaguarda da vida humana no mar é, pois, um legado que se impõe e cujo valor todos nós bem compreendemos.
As entidades civis que participam da busca e salvamento no mar têm exaustivamente dado mostras da efetividade de suas ações, cooperando sempre, ao serem acionadas pela MB ou por iniciativa própria, resultando num eficaz desempenho, como as estatísticas têm demonstrado.