Peacekeepers celebram 75 anos a serviço da paz mundial
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Peacekeepers celebram 75 anos a serviço da paz mundial
Dia 29 de maio: essa é a data escolhida para homenagear os homens e mulheres que, voluntariamente, deixam seus lares e Pátrias com o propósito de estabelecer a paz. Uma das cerimônias militares alusivas ao Dia Internacional dos Mantenedores da Paz das Nações Unidas (Peacekeepers) ocorreu nesta terça (30), e foi conduzida pelo Ministério da Defesa, no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília.
A homenagem celebra o trabalho dos militares que levam segurança e tranquilidade para populações de países marcados por conflitos e tragédias. Em 1948, foi criada a primeira missão de manutenção da paz da Organização das Nações Unidas: a operação para supervisionar o cessar-fogo na guerra Árabe-Israelense. Entretanto, o Brasil participa de Operações de Manutenção de Paz desde antes da criação da ONU. Mesmo não fazendo parte da Liga das Nações, o Brasil teve papel fundamental, na década de 30, na mediação no “Conflito de Letícia”, entre Colômbia e Peru.
O Brasil já participou de mais de 60 missões das Nações Unidas, tendo enviado cerca de 27 mil militares ao exterior. Atualmente, o País emprega 88 militares, sendo 70 homens e 18 mulheres, que desempenham missões individuais ou integram tropas multinacionais no Chipre, no Iêmen, no Líbano, no Mali, na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo, no Saara Ocidental, na Somália, no Sudão, no Sudão do Sul e em Abyei.
O Ministro de Estado da Defesa, José Mucio Monteiro, destacou, durante a cerimônia, que o reconhecimento do valor dos soldados da paz transcende a simples celebração de uma data especial. “Devotamos a eles admiração e orgulho, convictos de que, graças aos seus esforços, temos a esperança de habitar um mundo mais fraterno e seguro”, afirmou.
Um dos Mantenedores da Paz presentes na cerimônia foi o Suboficial (Fuzileiro Naval) Paulo Cezar de Oliveira Coelho Junior, que compôs o 11º Contingente no Haiti. “Uma experiência marcante foi o terremoto que o Haiti sofreu. Observei a liderança de militares, oficiais e praças das Forças. Todos nós nos unimos para contornar aquela difícil situação”. O terremoto, ocorrido em 2010, atingiu a magnitude de 7,3 na escala Ritcher e matou mais de 200 mil pessoas no país.
Na Ordem do Dia, o Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Wladmilson Borges de Aguiar, enalteceu a inédita certificação da ONU conquistada pelo Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais. “A competência e o profissionalismo de nossos homens e mulheres militares materializam-se com a inédita certificação, pela ONU, do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais de Força de Paz de Reação Rápida no Nível III, o qual permite à Força Naval dispor da primeira tropa do Estado brasileiro a atingir distinto patamar de excelência.”
Brasil em Missões de Paz
Em 75 anos de atuação, mais de 53 mil militares atuaram como “capacetes azuis” em missões como: canal de Suez, África do Sul, Angola, Camboja, Chipre, Costa do Marfim, Croácia, El Salvador, Etiópia/Eritreia, Guatemala, Guiné-Bissau, Haiti, Iêmen, Índia-Paquistão, Irã, Iugoslávia, Líbano, Libéria, Macedônia, Moçambique, Nepal, Nicarágua, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, República Dominicana, Saara Ocidental, Sérvia, Sudão, Timor-Leste e Uganda-Rwanda.
A data da solenidade faz referência à missão pioneira da ONU, ocorrida em 29 de maio de 1948, ocasião em que observadores militares foram enviados pelo Conselho de Segurança, ao Oriente Médio, para monitorar o armistício entre Israel e os países árabes adjacentes, em uma missão denominada Organização de Supervisão de Tréguas das Nações Unidas (UNTSO).
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