Operação “Abrigo pelo Mar” conduz 170 atendimentos psicológicos
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Operação “Abrigo pelo Mar” conduz 170 atendimentos psicológicos
Durante a Operação "Abrigo pelo Mar", em que a Marinha do Brasil (MB) prestou apoio à população do Litoral Norte de São Paulo, atingida por um temporal durante o carnaval, foram realizados 170 atendimentos psicológicos às crianças e aos adultos em situação de desabrigo e vulnerabilidade, nas áreas de Barra de Sahy e Juquehy. Ocorridas entre os dias 25 de fevereiro e 02 de março, as intervenções foram conduzidas por meio de abordagens individuais e em grupos, com enfoque em suporte breve e manejo durante as crises.
No decorrer das ações, a equipe identificou sintomas como: insônia, irritabilidade, hipervigilância e revivência da situação traumática (flashbacks). Dessa forma, temas como a elaboração do processo de luto, transtorno de estresse pós-traumático e manifestações de sinais ansiosos foram trabalhados em grupo. Além disso, foram oferecidos suporte emocional e informações sobre a situação atual, assim como medidas de autocuidado para lidar com o estresse, promovendo a saúde mental dos atendidos e favorecendo sua adaptação às novas condições de vida.
Atendimento a criança de 4 anos, na Escola Henrique Tavares, em Barra de Sahy – Foto: Marinha do Brasil
Com o intuito de assegurar a continuidade dos atendimentos psicológicos, foi estabelecido contato com uma equipe multiprofissional local, composta por psiquiatra, psicólogos e enfermeiros, que já atua na rede do município há alguns anos. Assim, os pacientes que necessitaram de acompanhamento prolongado foram encaminhados para essa equipe especializada.
A atuação da psicologia na operação foi fornecer suporte emocional, dar significado ao que estava sendo vivenciado pelos indivíduos, incentivar a participação ativa e promover a solidariedade entre aqueles que sofreram com os impactos dos desastres. “É importante destacar que cada indivíduo reage de forma única e pessoal ao desastre, e que a representação do evento é moldada pelas suas experiências particulares, subjetivas e coletivas. Logo, a intervenção psicológica considerou essas diferenças, respeitando a singularidade de cada história e ajudando-os a lidar com a situação traumática de forma mais adaptativa e saudável”, explicou a Primeiro-Tenente e psicóloga Laudy Gabriele Pereira Guimarães.
Galeria de fotos da Operação “Abrigo pelo Mar”