Cisne Branco: mais de 45 mil pessoas já visitaram o icônico veleiro em 2023
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Cisne Branco: mais de 45 mil pessoas já visitaram o icônico veleiro em 2023
Após sua participação na 50ª Semana Internacional de Vela em Ilhabela (SIVI), no litoral norte de São Paulo, o Navio-Veleiro (NVe) “Cisne Branco” seguiu para Santos (SP), para dar continuidade à Comissão “Brasil 2023”, que visa representar a Marinha do Brasil (MB) nos principais portos nacionais, com o propósito de difundir a mentalidade marítima e estreitar os laços entre a sociedade e a Instituição.
O “Cisne Branco” é um navio de época, inspirado em velozes veleiros construídos na segunda metade do século XIX, os clippers. Por isso, é empregado em grandes eventos náuticos nacionais e internacionais, representando a Marinha e o Brasil, além de servir como um repositório de seculares tradições marinheiras para a Força Naval brasileira.
Na primeira fase da comissão, mais de 45 mil pessoas tiveram a oportunidade de visitar o Navio em seis portos na região sul do País. Já na segunda fase, o NVe “Cisne Branco” foi presença ilustre na abertura da 50ª edição da SIVI, que acontece até o próximo domingo (30), com organização do Yacht Club de Ilhabela. Mais de 100 barcos de diversas classes e tamanhos, de diferentes estados do país e de nacionalidade estrangeira, participam do evento.
“A Marinha sempre se faz presente na região. Ela é fundamental para a segurança, pois todos a respeitam. Neste ano, o Navio-Veleiro ‘Cisne Branco’ virou atração. Todos queriam visitar e fotografar. Ele é muito bonito, grandioso e representa muito para nós do mundo da vela”, afirmou o velejador e professor da Escola Municipal de Vela de Ilhabela “Lars Grael”, Thiago Baraçal.
“Cisne Branco” foi uma atração concorrida na 50ª edição da SIVI
“Nesta edição, também tivemos embarcações da Marinha competindo. Eu sou velejador há mais de 17 anos. É espetacular contar com essa participação, velejar lado a lado e aprender com eles - militares atletas - o respeito e o trabalho em equipe. Como eu sou professor, levo isso para os meus alunos, que acabam seguindo os exemplos da Marinha”, completou Baraçal.
Primeira fase
Em abril de 2023, o NVe “Cisne Branco” desatracou da Base Naval do Rio de Janeiro (RJ) com rumo ao sul do País para a primeira fase da Comissão “Brasil 2023”. Ao longo de dois meses, ele visitou os seguintes portos: Itajaí, em Santa Catarina; Rio Grande e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; São Francisco do Sul e Paranaguá, no Paraná; e Santos, em São Paulo. O “Cisne Branco” ainda compareceu à maior e mais desafiadora regata de veleiros que dão volta ao mundo: The Ocean Race, na etapa de Itajaí.
Alô, Nordeste - próximas paradas
O NVe “Cisne Branco” estará na capital baiana, de 04 a 09 de agosto. Ainda no mesmo mês, o Navio vai passar pelas seguintes cidades nordestinas: Maceió (11 a 14) e Fortaleza (18 a 21). Em setembro, será a vez de São Luís (04 a 07), Natal (11 a 14), Cabedelo (15 a 18), Recife (19 a 23) e Fernando de Noronha (26 a 29). Na região norte do País, o “Cisne Branco” marcará presença em Belém do Pará no período de 25 de agosto a 1º de setembro.
Regata Internacional Recife - Fernando de Noronha
Organizada pelo Cabanga Iate Clube de Pernambuco, a Regata Internacional Recife - Fernando de Noronha (Refeno) foi criada em 1986 e é considerada a maior regata oceânica da América Latina. O NVe “Cisne Branco” já confirmou presença no evento.
Neste ano, a partida da 34ª edição da Refeno está marcada para o dia 23 de setembro. Os barcos partem do Marco Zero, ponto turístico do Recife, e seguem com destino a Fernando de Noronha. São cerca de 300 milhas náuticas (560 quilômetros) de percurso.
O Navio-Veleiro “Cisne Branco” encerrará o ano de 2023, tendo participado dos três maiores eventos de regata a vela da América Latina e visitado mais de 20 portos nacionais, onde milhares de pessoas têm a oportunidade de conhecer essa embarcação, que desperta o interesse de tantos brasileiros pelo mar e pela cultura naval.
Milhas e milhas longe casa
Por ser um dos navios mais “marinheiros” da Esquadra brasileira, o “Cisne Branco” costuma atrair muitos candidatos a compor a sua tripulação, entre Oficiais e Praças da Marinha do Brasil, principalmente aqueles mais apaixonados pelo mar e pela navegação a vela.
“Entrei na Marinha em 2001. Fiz parte de diversas tripulações em navios diferentes. Tenho 1.400 dias de mar, navegando em águas brasileiras e estrangeiras. São quase quatro anos longe de casa e da minha família. Nesta comissão, vão ser mais seis meses afastados. Minha família sempre me apoiou e continua me apoiando, principalmente, agora, neste sonho, que estou realizando, que é servir a bordo do ‘Cisne Branco’”, contou o Primeiro-Sargento de manobras e reparos Agrício Andrade da Silva.
Primeiro-Sargento Agrício soma 1.400 dias de mar, em mais de duas décadas de profissão
Já o pai de primeira viagem, o Cabo Marcos Barbosa de Oliveira Júnior, enfermeiro do Navio, falou sobre a emoção de estar na comissão, enquanto seu filho nascia a quilômetros de distância. “Estava em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, quando minha esposa entrou em trabalho de parto. Perdi o contato com ela e, horas depois, nosso filho tinha nascido. O Comandante do Navio autorizou que eu fosse ao Rio de Janeiro para conhecê-lo. Foi uma sensação maravilhosa de vê-lo pela primeira vez. A minha esposa também é militar e serviu aqui no ‘Cisne Branco’ antes de mim. Ela me apoiou muito quando eu disse que gostaria de servir aqui também. Em casa, a gente brinca: quem sabe, um dia, o nosso filho se torna o Comandante deste Navio?”, revelou o Cabo Oliveira Júnior.
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